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Rio-2016

Rússia terá mais tempo para responder sobre o doping

O presidente da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo), Sebastian Coe, disse neste domingo (17) que a força-tarefa criada pela entidade para supervisionar as mudanças no programa antidoping da Federação de Atletismo da Rússia aguarda um segundo relatório para decidir se a suspensão imposta aos atletas do país permanecerá válida na Rio-2016.

"Eles apresentaram um relatório há algumas semanas dizendo que precisavam de mais tempo, e demos mais tempo. No último relatório, disseram que algum progresso havia sido alcançado, mas que ainda era preciso avançar em outras áreas", disse.

Não há um prazo para que a federação russa apresente o segundo relatório à força-tarefa comandada pelo norueguês Rune Andersen, ex-diretor da Wada (Agência Mundial Antidoping), mas o tempo corre contra os atletas do país —com a suspensão, não podem disputar competições internacionais, que dão índice para a Olimpíada.

"As equipes do atletismo são definidas em julho, mas muito provavelmente já teremos decisão sobre a continuidade ou não da suspensão da Rússia até lá", disse Coe, ex-atleta britânico, ouro olímpico nos 1.500 m em Moscou-1980 e Los Angeles-1984.

A Rússia foi suspensa de todas as competições internacionais de atletismo em novembro de 2015 após a Wada apontar um esquema de doping organizado no país.

A Iaaf estabeleceu cinco medidas que a federação russa deveria adotar para ser readmitida nas competições: excluir os dirigentes envolvidos, julgar os casos pendentes de doping, dar garantias de que investigará casos futuros, fazer testes antidoping mais confiáveis e estabelecer uma cultura esportiva que desencoraje novos casos.

Além da Rússia, as federações de Marrocos, Quênia, Etiópia, Belarus e Ucrânia também estão sob a mira da Iaaf. A federação internacional quer que os testes realizados internamente por essas federações sejam mais numerosos e rigorosos.

Mesmo com tantos escândalos de doping surgindo nos últimos anos, Coe não acredita que esse seja um problema maior hoje que no passado. "Temos sistemas antidoping muito melhores hoje, mas a publicidade de casos de doping é maior", afirmou.

QUE CRISE?

Coe disse não se preocupar com a possibilidade de a crise política e econômica do Brasil afetar a Rio-2016. "Não se preocupem, os Jogos serão ótimos! Eles sempre são".

Ele se mostrou animado com as reformas do Engenhão, palco das disputas de atletismo, e disse que virá ao país para o Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, entre 14 e 16 de maio, no estádio, que será evento-teste.

O repórter TIAGO RIBAS viajou a Berlim a convite do Laureus

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