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Olímpico em 1960 e 64, assessor da Presidência organiza tour da tocha

Wilson Pereira voltou a se emocionar com a chama olímpica após 52 anos.

A primeira vez foi em Tóquio, em 1964, quando viu de perto o japonês Yoshinori Sakai –nascido em Hiroshima 19 anos antes, no dia em que uma bomba atômica destruiu a cidade– entrar no estádio olímpico com o fogo e acender a pira daqueles Jogos.

Na última terça-feira (2) foi o coronel Wilson, agora com 82 anos, quem empunhou a tocha, em Brasília. Ele foi o 13º condutor da chama no Brasil, passou em frente ao Itamaraty e se emocionou.

"Aquilo em Tóquio foi de arrepiar e me marcou muito. Agora, em Brasília, foi sensacional também. Além das minhas expectativas. Eu me senti uma autoridade com tanta gente nas ruas, me filmando e fotografando", afirmou o cearense de Araçoiaba.

Divulgação/Nissan
Jose Wilson Pereira, atleta olímpico do Brasil nos Jogos de Roma-1960 e Tóqui-1964, no pentatlo moderno, carregou a tocha olímpica na Esplanada dos Ministérios, em Brasília; (Divulgacao/Nissan) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Wilson Pereira com a tocha em Brasília, na terça (3)

Atleta olímpico do pentatlo moderno nos Jogos de Roma-1960 e de Tóquio-1964, ele conquistou medalhas de prata em dois Jogos Pan-Americanos: em Chicago-1959 e São Paulo-1963.

A experiência como atleta e depois como técnico e dirigente esportivo alçou o coronel do Exército a outra responsabilidade. Desde quarta-feira (3), ele está um dia à frente do comboio do revezamento, visitando as cidades por onde a tocha vai passar.

Ele faz parte de um grupo de trabalho designado pela Presidência da República.

Desde o ano passado, coronel Wilson faz o acompanhamento do trajeto da tocha, em reuniões com os prefeitos dos locais onde o fogo irá passar. Visitou parte dos 327 municípios e se animou.

"Vai ser emocionante. Tem cidades como Macapá (AP), por exemplo, que vão fazer dois dias de festa. No dia da passagem da tocha (16 de junho) vai ser feriado", contou.

Neste sábado (7), de volta a Brasília, ele continua a monitorar o revezamento do QG da sub-chefia de assuntos federativos. Se necessário, retorna ao trajeto da chama.

Além da equipe em que ele está como assessor técnico da Presidência, há outros dois grupos ligados ao governo federal: um que passa pelas cidades quatro dias antes da tocha e um que percorre o trajeto horas antes da comitiva.

Nesta primeira semana, nas cidades de Goiás, o coronel disse que se encantou com a empolgação das crianças nas escolas que visitava.

"Fui entregar uniformes para alunos que venceram concursos de redação do Ministério da Educação. Eles vão entregar as tochas aos condutores e estavam muito empolgados", comentou.

CONVITE

Servidor público federal, ligado à Secretaria Nacional de Defesa Civil há 18 anos, ele se especializou em acompanhar desastres, emergências.

O convite para carregar a tocha, porém, não chegou por meio do governo, mas por um dos patrocinadores do revezamento, a Nissan. "Ironia do destino, não?".

Muitos outros atletas olímpicos do Brasil não foram convidados para o revezamento. O que fez a professora e pesquisadora da USP, Katia Rubio, lançar campanha nas redes sociais para que todos eles fossem chamados para o revezamento.

A campanha surtiu efeito e alguns já estão sendo contatados pelo comitê organizador da Rio-2016. Autora do livro "Atletas Olímpicos do Brasil", Katia calcula que cerca de 700 ainda não tinham sido chamados para o revezamento da tocha.

MAIS VELHO

Após visitar mais três cidades goianas, neste sábado (7) a tocha chega a Minas Gerais, pela cidade de Araguari.

Antes, em Pires do Rio (GO), o agricultor Arnaldo Tomazini, de 93 anos, passa a ser o mais velho condutor da tocha até o momento.

Acervo/Gazeta Press
OLIMPÍADAS DE ROMA 1960 - ITÁLIA - ESPORTES - ACERVO - Reprodução da página 13 do jornal A Gazeta Esportiva que traz o título: Avoluma-se a Olimpíada e crescem as responsabilidades - Os atletas brasileiros José Telles da Conceição(E) e Sebastião Mendes(E), treinam no estádio romano para as corridas de velocidade - Considerações em torno da primeira jornada atlética - Boa atuação dos brasileiros no Pentatlo Moderno - Primeira campeã e recordista olímpica do salto em distância - Eliminado o atleta brasileiro Affonso Coelho da Silva nas eliminatórias dos 100m rasos - Sérgio Escobedo(D), do México, e W. Pereira, da seleção brasileira, são vistos vistos em plena ação na prova de esgrima de Pentatlo Moderno - Barra fixa e paralelas nas famosas Termas de Caracalla - São Paulo - SP - Brasil - 03/09/1960 - Foto: Acervo/Gazeta Press
Pentatleta é destaque em "A Gazeta Esportiva" de 1960
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