Sonhar com a seleção brasileira pode soar como lugar-comum para um treinador. Dorival Júnior não foge à regra, não fosse um adendo. A meta do técnico santista é chegar à seleção olímpica, não a principal.

"Torço para o Dunga, mas existem outros mais qualificados. Temos que respeitar a história de alguns. Tenho 12 anos de carreira e existem, pelo menos, uns dez nomes na minha frente. Gostaria de chegar à seleção olímpica porque daria a possibilidade de formação e montagem", explica

Dorival tem no currículo uma série de apostas em jovens promessas, o principal trabalho foi com a geração liderada por Neymar e Paulo Henrique Ganso no Santos de 2010. Na volta ao clube, ainda resgatou nomes como o atacante Gabriel e o lateral esquerdo Zeca.

O desejo do treinador é fazer parte da montagem, captação e trabalho em campo de todo o ciclo para Tóquio-2020.

"Gostaria de uma oportunidade, depois da Olimpíada, para preparar uma nova equipe. Isso eu desejo. Não tenho vontade de pegar agora, em cima da competição, porque isso é um processo de formação para gerar resultados. Me identifico muito com esse tipo de trabalho", afirma.

A seleção vai em busca da inédita medalha de ouro em agosto, no Rio de Janeiro, mas a obsessão pode continuar em caso de fracasso. A não conquista também pode abrir portas para um novo nome pela pressão por resultados envolvendo a comissão técnica atual.