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Comitê quer continuar gerindo CT paraolímpico após cessão por 12 meses

O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, 39, afirmou que espera que o comitê continue na gestão do centro de treinamento paraolímpico, inaugurado na última segunda (23), após os primeiros 12 meses de cessão do espaço.

Ele participou de sabatina olímpica, promovida pela Folha, nesta segunda (30), a cem dias da abertura dos Jogos Paraolímpicos.

"A gente não chegou para administrar esse centro por 12 meses. Os atletas nos cobraram e nós queremos esse centro de treinamento para o movimento paraolímpico de uma forma definitiva", afirmou Parsons, que assinou nesta segunda termo com o governo do Estado de São Paulo para gerir a estrutura por um ano.

Para o dirigente, o centro, que fica na zona sul de São Paulo, é parte importante do projeto do comitê para desenvolvimento do esporte paraolímpico após a Rio-2016.

Parsons afirmou ainda que considera a venda de ingressos como o principal desafio para a organização dos Jogos Paraolímpicos do Rio.

Venda de ingressos

"São vários desafios para a organização dos Jogos Paraolímpicos. A questão dos ingressos é o principal.

Temos a convicção de que a maioria das entradas serão vendidas a partir da segunda metade dos Jogos Olímpicos [meados de agosto]. Nessa época, a cidade vai se envolver em clima de Jogos e não vai querer que esse clima termine.

A gente começou os esforços de comunicação de uma forma pouco coordenada. Não conseguimos criar um senso de urgência, de que as pessoas precisavam comprar o ingresso agora. Acho que isso melhorou, mas vão deixar para o último momento."

Participação brasileira

"Teremos a melhor delegação paraolímpica de todos os tempos. Hoje temos 255 vagas confirmadas. Para nós é um desafio, porque estivemos em 18 modalidades em Londres-2012 e vamos para 22. Mas é uma delegação muito forte, que vai brigar por essa meta do quinto lugar no quadro de medalhas."

Centro de treinamento

"Antes de vir para cá, estive no Palácio dos Bandeirantes e assinei o termo de concessão de uso por um ano. Então hoje oficialmente o CPB é gestor do centro de treinamento. O que foi sempre a intenção.

Desde 2012 o modelo era muito claro: os governos entram com os recursos e o CPB entra com a expertise para montar o centro e [fazer] a gestão, a administração."

Mal-estar com o governo

"A gente ficou descontente com a posturas de setores do governo do Estado que estavam dando pouco valor à presença do CPB nesse sistema. Falavam 'o CPB vai usar esse centro'. Não vamos usar, vamos gerir, colocando inclusive recursos. Aprovamos orçamento de R$ 30 milhões por ano para o centro. Entendemos que ele se tornará eixo de desenvolvimento do esporte paraolímpico do país.

A gente não chegou para administrar esse centro por 12 meses. Os atletas nos cobraram e nós queremos esse centro de treinamento para o movimento paraolímpico de uma forma definitiva."

Candidatura

"Muito se fala sobre uma eventual candidatura minha à presidência do Comitê Paraolímpico Internacional. Acho que tem muito tempo até lá, a eleição é em setembro do ano que vem. É um dos planos que eu tenho, mas isso depende de uma série de coisas."

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