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Jamaicano é pego em reanálise de exame antidoping, e Brasil pode herdar bronze

Membro do revezamento campeão olímpico do revezamento 4 x 100 m nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, ao lado de Usain Bolt, o velocista jamaicano Nesta Carter testou positivo em nova análise das amostras colhidas na época, relatou o jornal jamaicano "The Gleaner" nesta sexta-feira (3).

Assim, a equipe da Jamaica pode perder a medalha olímpica. Trinidad e Tobago, desta forma, herdaria o ouro e o Japão, a prata.

O Brasil, quarto colocado naquela prova com Vicente Lenilson, Sandro Viana, Bruno Barros e José Carlos Moreira, o Codó, ficaria então com o bronze.

Grigory Dukor/Reuters
Da esq. para a dir., o americano Justin Gatlin, e os jamaicanos Usain Bolt e Nesta Carter, no pódio dos 100 m do Mundial de 2013, em Moscou
Da esq. para a dir., o americano Justin Gatlin, e os jamaicanos Usain Bolt e Nesta Carter, no pódio dos 100 m do Mundial de 2013, em Moscou

Foi identificada a presença de um estimulante, a metilhexanamina na reanálise pedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 454 amostras de atletas de diversas nacionalidades.

Carter era o primeiro atleta do revezamento na final de 2008. Ele também fez parte dos revezamentos campeões mundiais em 2011, 2013 e 2015, além de conquistar o bi olímpico na mesma modalidade, em Londres-2012.

Em Pequim, a equipe que também contava com Michael Frater, Usain Bolt e Asafa Powell. Eles tinham estabelecido o recorde mundial, em 37s10, já superado.

Carter, de 30 anos, ainda não competiu nesta temporada por causa de uma lesão.

A agência Reuters informou que o estimulante foi encontrado na amostra A de Carter e que o atleta pode sofrer punições somente se a amostra B também der positiva para a substância. Assim, o velocista será suspenso.

Bolt corre risco de perder uma das suas seis medalhas de ouro olímpicas. O astro sonha em conquistar o inédito triplo tricampeonato no Rio, mas o doping de Carter deixa uma mancha na conquista jamaicana.

Nas últimas semanas, o COI (Comitê Olímpico Internacional) revelou 55 novos casos de doping com as reanálises de amostras dos Jogos de 2008 (32) e 2012 (23).

Os casos de Pequim dizem respeito a atletas de 12 países e seis modalidades. Dos 32 atletas flagrados, 14 são russos.

Nesta sexta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, reiterou que pretende "pegar o máximo de dopados possíveis para proteger os atletas limpos".

"Reforçamos o nosso programa, tomando medidas decisivas e não hesitaremos sancionar os envolvidos", afirmou o dirigente, ao final da reunião de três dias da comissão executiva do COI, na sua sede de Lausanne, na Suíça.

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