Mari Paraíba, 29, entrou no fim do jogo contra o Japão, fez um ponto e saiu feliz de quadra. Na entrevista após a vitória brasileira por 3 a 0, disparou, sorrindo: "Minha estreia no Grand Prix".

A ponteira sabe que "corre por fora" na briga por uma vaga entre as 12 jogadoras que serão inscritas na Olimpíada do Rio. Das 18 convocadas, cinco são da posição dela, mas só quatro deverão estar nos Jogos, em agosto.

"Estou disputando com quatro grandes jogadoras [Fê Garay, Natália, Gabi e Jaqueline] e sei da minha função dentro do time. Da minha parte, vou dar meu melhor sempre para conquistar essa vaga, mas não sei o que passa na cabeça dele [José Roberto Guimarães]. Eu corro por fora, estou brigando por fora com a Jaque, está mais entre eu e ela", diz Mari, sobre a companheira que se recupera de lesão e nem sequer foi inscrita nestes três primeiros jogos do Grand Prix.

Como só pode inscrever 12 atletas na Olimpíada, Zé Roberto pretende ter jogadoras versáteis, que possam atuar em mais de uma posição na equipe. Por isso o técnico sempre repete que Natália, que é ponteira, também pode atuar como oposta —o que não garante a convocação de Tandara como reserva direta de Sheilla.

Nesta sexta (10), então, Zé Roberto elogiou a postura de Mari Paraíba e ainda cogitou dela jogar como líbero, sendo assim reserva imediata (e improvisada) de uma das duas que serão convocadas para a Olimpíada (Camila Brait ou Léia).

"Essa cabeça que ela [Mari] tem é ótima, ela sabe que está correndo por fora, sabe que tem que produzir e ela está tentando. O mais legal é isso, está lutando porque vislumbra a possibilidade de ir para os Jogos Olímpicos. Não tem lugar cativo, não tem, vai ter que brigar, tudo pode acontecer. De repente machuca uma jogadora e a briga não é mais com dela com a Jaque. Não descartei absolutamente nada. A Mari Paraíba pode até dar uma opção como líbero", explicou Zé Roberto.