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Isinbaieva fala em 'injustiça' com russos e pede para competir na Rio-2016

Principal nome do atletismo da Rússia na atualidade, Yelena Isinbaieva, 34, pediu na quarta-feira (15) que o COI (Comitê Olímpico Internacional) não puna os atletas que não testaram positivo para doping e que eles sejam liberados para participar da Rio-2016, em agosto.

O atletismo russo está suspenso de todas as competições internacionais, incluindo a Olimpíada, desde novembro do ano passado devido a um esquema de doping sistemático patrocinado pelo governo.

De acordo com a WADA (Agência Mundial Antidoping), os atletas russos produziram 52 exames de doping positivos e 111 se recusaram a fazer testes.

Nesta sexta-feira (17), em Viena, na Áustria, o conselho da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) definirá se o país poderá ou não participar da Rio-2016.

Em um artigo para o jornal americano "The New York Times", Isinbaieva diz que apoia "a batalha contra fraudes para violar as regras antidoping", mas que não pode ser penalizada por isso, já que ela não está entre os atletas que testaram positivo em exames.

Franck Fife-11.ago.2013/AFP
A russa Yelena Isinbaeva durante uma competição
A russa Yelena Isinbaieva durante uma competição

"Eu entendo que a IAAF precisa tomar uma forte ação para acabar com o doping. Mas eu acho injusto proibir eu e outros atletas russos limpos de competir -atletas que, repetidamente, provaram que são inocentes", disse Isinbaeva no artigo intitulado de "deixe-me competir no Rio".

"Vamos ser claros: doping é um problema global que lança uma sombra sobre o atletismo em muitos países. Se alguns atletas russos testaram positivo em exames antidoping, por que atletas russos limpos devem ser punidos? Por que não podemos competir contra atletas limpos de outros países no Rio?", indagou.

Lenda do salto com vara, Isinbaieva já participou de quatro Olimpíadas (Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012) e ostenta dois ouros e um bronze.

"Ao longo de quase 20 anos de competição, incluindo os meus quatro ciclos olímpicos, eu nunca falhei em um exame antidoping, seja em Londres, China, Estados Unidos ou em qualquer país europeu em que eu competi", afirmou.

Em junho de 2014, Isinbaieva se tornou mãe. Dois anos depois, ela diz está pronta para competir na Rio-2016, que seria a sua última Olimpíada.

"Desde que parei depois do nascimento da minha filha, dediquei a minha vida ao esporte e sacrifiquei incontáveis horas preparando o meu corpo pela chance de competir em uma Olimpíada pela última vez. Toda manhã, eu acordo para cuidar de Yeva, minha filha, e treinar cerca de seis horas por dia", disse.

"Porém, em vez de me focar no objetivo que é conquistar uma medalha, tenho sofrido com a incerteza sobre se vou competir no Brasil. É desgastante física e emocionalmente", afirmou.

No fim do texto, Isinbaieva disse que vai lutar pelos seus direitos e "ajudar a próxima geração a conseguir" o mesmo.

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