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Nenê diz confiar em medalha olímpica no basquete e que 'não pode agradar a todos'

Nenê Hilário, 33, acumula 14 temporadas e uma trajetória consagrada na NBA. Mas sua experiência não deixa de causar um nervosismo a menos de 40 dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio.

O ala-pivô, que jogará sua segunda Olimpíada, apresentou-se à seleção brasileira neste mês para treinos em São Paulo, com vistas a uma medalha que a equipe não obtém desde Tóquio-1964.

A viagem ao Rio também terá um quê de "acerto de contas". Em 2013, em partida da pré-temporada da NBA entre Washington Wizards (seu time) e Chicago Bulls, disputada na Arena da Barra, ele foi vaiado por torcedores. Algo que, crê, não se repetirá na Rio-2016.

Gaspar Nóbrega - 7.set.2014/CBB/Bradesco/Divulgação
MADRI, ESPANHA, 07-09-2014: Basquete: os jogadores Raulzinho (esq.), Nenê e Marquinhos da Seleção Brasileira, se abraçam após a vitória da Seleção Brasileira contra a Seleção da Argentina, por 85 a 65, em jogo válido pelas oitavas de finais da Copa do Mundo de Basquete 2014, no Ginásio Palácio dos Esportes, em Madri (Espanha). (Foto: Gaspar Nóbrega/CBB/Bradesco) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Nenê (centro) festeja vitória sobre a Argentina no Mundial de 2014, com Raulzinho e Marquinhos

"Muitas pessoas não entendem, não sabem da minha história, de como cheguei lá. Não podemos agradar a todos. Acho que agrado a maioria, mas tem uma minoria que age desta forma [vaiando]", afirmou Nenê em evento nesta terça-feira (28), em São Paulo, aparentando não guardar mágoas.

Os apupos tiveram a ver com alguns pedidos de dispensa que o jogador fez à seleção brasileira em Campeonatos Mundiais e Pré-Olímpicos. Até Oscar Schmidt, um dos principais nomes da história do basquete nacional, fez-lhe críticas públicas.

Nos últimos anos, porém, tem sido figura certa em convocações do técnico argentino Rubén Magnano. Defendeu o país nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e na Copa do Mundo da Espanha, em 2014. O Brasil ficou em quinto e sexto lugares, respectivamente, nos eventos.

Nenê bateu na tecla de que o público precisa entender que os jogadores superam problemas para defender a equipe nacional.

"Todo atleta brasileiro já é um campeão por driblar a adversidade, a falta de estrutura. Conseguir uma medalha representando o país influenciará um legado que ficará para sempre, para filhos e sobrinhos. Se conseguir [uma medalha] de ouro, ótimo, mas se for de bronze, vale como ouro. É diferente dos EUA, que têm toda a estrutura possível. Vejo que todo atleta brasileiro já é um campeão", concluiu.

Ele classificou o grupo brasileiro que treina em São Paulo como "muito unido". E afirmou que as medalhas escaparam por pouco —nos dois torneios, a seleção foi eliminada na fase de quartas de final.

"Sabemos de nosso talento e capacidade, dos resultados conquistados. Foi um gosto amargo porque poderíamos ter saído em segundo em terceiro, na Olimpíada e no Mundial. O que fica é a experiência e o que podemos fazer futuramente. Temos jogadores de qualidade e podemos jogar contra qualquer seleção do mundo", disse o paulista.

O Brasil está no grupo B dos Jogos do Rio, em um grupo considerado dificílimo. Os rivais serão Argentina, Espanha, Lituânia, Nigéria e um rival que ainda virá do pré-olímpico mundial, que ocorre neste mês de julho.

A estreia ocorrerá contra a Lituânia, no dia 7 de agosto.

Basquete

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