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Ainda em obras, Parque Olímpico vira atração turística para gringos e cariocas

Noite e dia, a movimentação de operários segue intensa no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Neste sábado (9), porém, além de funcionários que concluem as obras no velódromo, no centro de tênis e em frente à arena de ginástica, apareceram japoneses, americanos e brasileiros na porta do local que mais receberá competições durante a Olimpíada.

Eram turistas, tirando suas fotos e tentando entender como aquele 1 milhão de metros quadrados vai receber 16 modalidades a partir de 6 de agosto.

Um grupo de sete japoneses tirava fotos repetidas vezes enquanto uma família de americanos, vestidos com camisetas da Rio-2016, fazia uma selfie. Vindos de Miami, nos EUA, para cinco dias de passeio no Rio, os pais e dois filhos aproveitaram para conhecer o Parque Olímpico, mas não retornarão para os Jogos.

Quem já tem ingressos para a Olimpíada é a família de Leonardo Panicali. Morador de Copacabana, ele foi conhecer o chamado coração dos Jogos com a mulher, Daniela, a filha, Beatriz, e uma amiga colombiana, Leidy Casas.

"Queremos aproveitar enquanto está assim, tranquilo. Vai ser um grande ponto turístico", disse Panicali.

Marcel Merguizo/Folhapress
Leonardo Panic ali fotografa a mulher, Daniela, a filha, Beatriz, e a amiga Leidy em frente ao IBC (onde ficam as TVs que transmitem os Jogos) no Parque Olímpico do Rio
Leonardo Panicali fotografa a mulher, Daniela, a filha, Beatriz, e a amiga Leidy em frente local onde ficam as TVs que transmitem os Jogos no Parque Olímpico

A família carioca possui ingressos para as disputas de boxe, tênis de mesa e atletismo, esportes disputados fora do Parque Olímpico –os dois primeiros no Riocentro e o terceiro no Engenhão. Já Leidy comprou tíquetes para o BMX, em Deodoro, devido ao favoritismo da colombiana Mariana Pajón na prova.

Curiosamente, Panicali não recordava que o local onde foi erguido o Parque Olímpico foi palco do GP Brasil de Fórmula 1 nos anos 1980.

"Aqui era um grande pântano", disse o carioca antes de ser lembrado pela Folha que ali existia o Autódromo de Jacarépagua, demolido definitivamente em 2012 em razão dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano.

"Verdade, vim assistir uma corrida aqui quando tinha uns 10 anos. Não recordava. A mudança é muito grande", disse Panicali, que hoje tem 43 anos e vai assistir sua primeira Olimpíada.

"É uma chance única para todos nós. Vamos lembrar para sempre. Pena que ainda está tudo fechado, seria muito bom poder entrar e chegar mais perto", disse, ainda atrás das grades que cercam o local.

Além de dúvidas sobre o que cada arena vai receber durante os Jogos, os turistas que passam em frente ao Parque Olímpico têm curiosidade em saber como vai ser o transporte para o local (o BRT, em frente, foi recém-inaugurado) e para que servem as dezenas de tendas que já estão montadas. "Achei que era para a imprensa, mas vi que é para segurança [há equipamentos de raio-x dentro]. Acho que vamos precisar mesmo, por causa do terrorismo", disse Daniela, na tranquilidade de um tranquilo sábado de sol no Rio.

Marcel Merguizo/Folhapress
Tratores e entulho em frente à arena da ginástica no Parque Olímpico da Barra da Tijuca
Tratores e entulho em frente à arena da ginástica no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca
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