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Informação de possível ataque do EI na Rio-16 é falsa, afirma embaixada francesa

Comunicado enviado nesta terça (19) pela Embaixada da França ao Ministério da Defesa classifica como falsa a informação de que um brasileiro, supostamente vinculado ao Estado Islâmico, estaria planejando um atentado contra a delegação francesa durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o diretor de inteligência militar da França explica no documento que a conclusão foi possível após análise de agências francesas em cooperação com órgãos de inteligência de diversos países, inclusive do Brasil.

"A análise das pesquisas realizadas levou à conclusão de que a informação é falsa, razão pela qual o Diretor de Inteligência Militar da França não transmitiu para o Ministério da Defesa naquela ocasião", diz a nota.

A informação sobre um suposto ataque apareceu na transcrição de um depoimento do chefe da Direção de Inteligência Militar (DRM), general Christophe Gomart, durante uma audiência no dia 26 de maio na comissão parlamentar de luta contra o terrorismo que investiga os atentados de 2015 na França.

Durante o depoimento, Gomart teria conversado com o deputado Georges Fenech sobre um membro brasileiro do Estado Islâmico que estaria prestes a "cometer atentados contra a delegação francesa nos Jogos".

O jornal "Libération", porém, disse que esta parte do diálogo não deveria ter sido incluída no relatório divulgado na quarta (13) e que só aparece no documento por um erro de transcrição.

O relatório, assim como Gomart, não dava informações sobre a identidade deste brasileiro, nem sua localização (provavelmente ele estaria fora do Brasil e pode já estar detido).

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elevou em abril o risco de ataque do Estado Islâmico durante a Olimpíada, alegando que tem aumentado o número de cidadãos do país que se aliam ao grupo extremista.

No mesmo dia da divulgação, o diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, disse que o órgão não havia recebido nenhuma informação do serviço secreto francês sobre um eventual plano terrorista. Ele, no entanto, evitou criticar uma suposta decisão da França de não deixar o Brasil a par da informação.

Trezza disse ainda que todas as delegações estrangeiras recebem o mesmo tratamento "elevado" de grau de risco.

De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, o presidente interino Michel Temer foi informado sobre a falsa informação durante a tarde desta terça-feira pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.

Wallace Martins -8.mai.2013/DA Press
O diretor da Abin, Wilson Trezza
O diretor da Abin, Wilson Trezza
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