Publicidade
Publicidade

Tocha olímpica faz percurso de 50 km por São Paulo

A tocha olímpica passou por São Paulo, neste domingo (24), num evento com a participação de atletas e convidados dos patrocinadores da Rio-2016. No percurso, houve manifestações pacíficas contra o governo interino de Michel Temer (PMDB). A cerimônia foi marcada pela ex-ginasta Laís Souza, tetraplégica, que conduziu a chama em pé no Ibirapuera.

O revezamento começou no Parque da Independência, na zona sul, às 7h40 e terminou pouco antes das 20h no Sambódromo.

Amauri Ribeiro, ex-técnico da seleção brasileira paraolímpica de vôlei, foi o primeiro a levar tocha na capital — seguido por outros 259 condutores, que percorreram mais de 50 km.

O skatista Rony Gomes desceu de skate com a tocha em mãos a ladeira do Parque da Independência, logo no início do evento.

Por volta das 9h, a chama passou pela região da Praça da Sé, e depois pelo Anhangabaú. Um dos condutores nesse trecho foi o ex-nadador Gustavo Borges.

Borges se disse feliz por participar do evento na cidade em que vive. O atleta comentou que participar do revezamento o faz sentir saudade de quando competia.

"Mas quando saio do treino com dor nas costas de manhã lembro que 'tomaria pau' de um moleque de 20 anos", brincou.

De lá, a chama seguiu pela rua da Consolação até a Avenida Paulista.

Um grupo de artistas da "Companhia K" se apresentou na Paulista durante a passagem. Içados por cabos de aço presos a um guindaste, músicos tocaram clássicos da música brasileira.

Do outro lado da rua, mulheres da mesma companhia faziam acrobacias em arcos que simulavam os olímpicos, também içadas.

No parque do Ibirapuera, o revezamento da tocha começou pouco depois do meio-dia.

O skatista Bob Burnquist levou a tocha pelas vias do parque.

A ex-ginasta Laís Souza também conduziu a tocha olímpica pelo Ibirapuera.

"Eu fiquei muito emocionada quando as pessoas gritaram meu nome. Treinamos muito pra que desse tudo certo", disse Lais, que usou uma cadeira de rodas especial para ficar de pé.

Ela perdeu os movimentos dos braços e das pernas depois de um acidente de esqui em 2014, na preparação para as Olimpíadas de Inverno de Socchi, na Rússia.

O símbolo olímpico seguiu então para a Estação da Luz. A passagem da chama —conhecida como "beijo das tochas"— foi feita na passarela central. Enquanto isso, trens na parte de baixo buzinavam.

O revezamento foi interrompido para o deslocamento da tocha até o Pacaembu e retomado depois das 16h30.

Ao chegar ao estádio, a tocha foi levada para uma volta olímpica. Um dos condutores foi o músico Luan Santana.

Na sequência, quem conduziu a tocha na saída do estádio foi o jogador de basquete Anderson Varejão.

Convocado para a seleção brasileira masculina de basquete, Varejão não participou da vitória sobre a Romênia em virtude de uma lesão nas costas. Ele inclusive corre o risco de ser cortado.

Depois do Pacaembu, a chama foi levada a pé ao Sambódromo.

Na praça Ana Maria Popovic, no bairro do Sumaré - entre o estádio e o Anhembi - a chama foi passada pela cartunista Laerte Coutinho para a apresentadora Sabrina Sato.

A cartunista se disse contente com o convite para participar da cerimônia e elogiou Sabrina. "Muito simpática".

Já a apresentadora afirmou gostar dos jogos e convidou a população a "vestir a camisa e torcer pelos nossos atletas".

Os ex-jogadores de futebol Rivelino, Zetti, Ademir da Guia foram ao últimos condutores na capital paulista e acenderam a pira olímpica no Sambódromo do Anhembi.

A passagem foi festejada por espectadores. Alguns protestos aconteceram no percurso, mas foram todos pacíficos.

"A população foi para as ruas festejar. São Paulo está de parabéns", afirmou.

A festa no sambódromo continuou com shows gratuitos de Ludmilla e de Luan Santana.

Editoria de Arte/Folhapress
TOCHA EM SÃO PAULOTrajeto que será percorrido no revezamento
TOCHA EM SÃO PAULOTrajeto que será percorrido no revezamento
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade