Publicidade
Publicidade

Entrosamento de dupla brasileira é trunfo do basquete feminino nos Jogos

Érika de Souza tem 34 anos e é uma das líderes da seleção brasileira feminina de basquete que vai disputar a Rio-2016. Já Clarissa dos Santos é seis anos mais nova e tem um grande potencial para crescer.

Ambas são fortes, jogam próximas uma da outra (Érika é pivô e Clarissa, ala/pivô), são do Rio de Janeiro e atuam pelo mesmo time, o Chicago Sky, da WNBA (a liga de basquete feminino dos Estados Unidos).

Entrosamento, definitivamente, não vai faltar no garrafão da equipe treinada pelo técnico Antonio Carlos Barbosa.

Érika e Clarissa são as duas únicas jogadoras convocadas para a Olimpíada que jogam fora do país. E elas formarão, muito provavelmente, a dupla titular que vai proteger o garrafão do Brasil nos Jogos.

O entrosamento das duas jogadoras será um trunfo da seleção para se dar bem no evento que começa no dia 5 de agosto.

"Eu conheci a Érika em 2011 na seleção. É uma das melhores pivôs. A gente conversa muito e trocamos um aprendizado legal", disse Clarissa à Folha.

A ala/pivô, de 1,82, está em sua segunda temporada pelo Sky. Já teve passagens por equipes como Fluminense e Corinthians. Ela esteve na Olimpíada de Londres, em 2012.

"Eu sei que às vezes ela [Érika] prefere receber a bola de uma forma e ela sabe que se uma hora eu tiver que entrar [no garrafão], ela vai esperar um pouquinho fora. A gente se entende muito bem. Esse sincronismo é muito importante", afirmou.

Érika está em sua 11ª temporada na WNBA. Antes de assinar contrato com a equipe de Chicago, em 2015, ela passou por Los Angeles Sparks, Atlanta Dream e Connecticut Sun. E possui um título da liga (em 2002, pelos Sparks).

Agora, ela é como um espelho para Clarissa. E elogios para a companheira não faltam.

"A Clarissa é uma excelente jogadora, tem um potencial monstro. Para ela, não tem bola perdida. Ela fala e incentiva o jogo todo. Isso conta muito durante a partida", disse Érika, que disputou as Olimpíadas de Atenas-2004 e de Londres-2012.

Por causa do campeonato da WNBA, que está em andamento, as duas jogadoras se apresentaram à seleção apenas no dia 18 de julho. A equipe está treinando junta desde o início de maio.

Barbosa comemora o fato de poder contar com duas atletas desse calibre no garrafão, mas faz uma ressalva. Às vezes, elas são subutilizadas na WNBA.

Érika, por exemplo, é titular, mas tem média de 17,5 minutos em quadra nesta temporada. Em 2014, pelo Dream, ela jogava 29,9 minutos em média. Já Clarissa é reserva e atua em média oito minutos por partida.

"Às vezes elas não têm um papel de protagonista [na WNBA] e voltam sem muito ritmo. Mas têm personalidade e treinam bastante. A participação delas [na Rio-2016] vai ser muito importante para nós", afirmou Barbosa.

A seleção brasileira está no grupo A da Olimpíada, ao lado de Austrália, Japão, Belarus, França e Turquia. A estreia acontece contra as australianas, no dia 6 de agosto.

Brasileiros na Rio-2016

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade