Admirador do papa, zagueiro Marquinhos pede paz ao mundo antes dos Jogos

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

31/07/2016 02h00

Um dos líderes da seleção brasileira de Rogério Micale, o zagueiro Marquinhos, do Paris Saint-Germain começou a acompanhar os Jogos Olímpicos em 2004. Pela televisão, ele se encantou com o time de vôlei masculino comandado pelo técnico Bernardinho, medalha de ouro em Atenas.

Em entrevista à Folha, o morador de Paris contou que é admirador do papa Francisco, segue o pontífice pelo Twitter e disse que os "exemplos de paz" são fundamentais contra o terrorismo.

Nascido na cidade de São Paulo, ele não esconde que, na França, sente saudade do pastel paulistano.

	Hector Retamal/AFP

	O zagueiro Marquinhos durante coletiva de imprensa nos Estados Unidos

Folha - Quem é o seu herói olímpico?

Marquinhos - O Robert Scheidt [velejador dono de cinco medalhas olímpicas] é uma figura marcante que representou o Brasil como poucos e tem uma linda história olímpica.

Qual o momento olímpico mais emocionante que você acompanhou pela televisão?

A seleção masculina de vôlei sendo campeã em 2004 [Jogos de Atenas]. A vontade de vencer daquele grupo nos inspira a lutar sempre pelos nossos sonhos.

Se não fosse jogador de futebol, você pretendia disputar os Jogos por qual esporte?

Desde criança, sempre sonhei em ser jogador de futebol, nunca me imaginei em outra modalidade. Hoje vivencio a idealização de um sonho.

A derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo vai pesar agora na disputa dos Jogos Olímpicos?

Creio que não. Temos que pensar pelo lado positivo e nos motivar em trazer uma medalha inédita de ouro. Somos uma nova geração, que tentará representar o país da melhor maneira possível.

Quem é o seu ídolo no futebol?

Thiago Silva, o "Monstro" [apelido dado pela torcida do Fluminense ao ex-capitão da seleção]. É o meu companheiro de PSG e por quem tenho grande admiração.

Você prefere morar em Paris ou São Paulo?

Pergunta difícil"¦ Nossa terra natal sempre terá um carinho especial no nosso coração.

Paris foi palco de dois grandes atentados recentes. O terrorismo te assusta?

Com certeza, assusta a todos. Agora, nos basta orar e pedir por proteção. Diante dos nossos atos, precisamos dar exemplos de paz neste momento que é de extrema dificuldade.

O que mais te impressiona: o terrorismo na França ou a violência no Brasil?

Qualquer ato de violência assusta e precisa ser combatido.

Qual é o seu filme preferido?

"Desafiando Gigantes" ["Facing the Giants", de Alex Kendrick, EUA, 2006, sobre uma equipe de futebol americano e seu treinador, de inspiração evangélica]. Um filme que nos passa várias lições de perseverança e fé.

Qual livro você está lendo?

"Guardiola Confidencial" [do jornalista Martí Perarnau, que acompanha o treinador catalão Pep Guardiola em uma temporada à frente do Bayern de Munique].

Qual o seu melhor amigo no futebol?

Lucas Moura [atacante do PSG]. Meu parceiro para todos os momentos.

Qual a sua religião?

Católica.

Qual o seu apelido na família?

Mocote.

Quem você segue no Twitter?

Alguns companheiros de profissão, o papa Francisco e outras personalidades.

Quantas horas seguidas você já jogou videogame?

Em relação ao videogame eu sou muito regrado. Gosto de jogar, mas não passo horas na frente dele.

O seu game preferido?

Com certeza, os de futebol.