Cerca de 15 mil voluntários e convidados assistiram, na noite deste domingo (31), no estádio do Maracanã, ao ensaio de um show que terá um público estimado em 3 bilhões de espectadores no mundo todo: o da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio.
O espetáculo de quase cinco horas contou com a iluminação e alegorias completas e apresentou um resumo da história do Brasil, da chegada dos colonizadores portugueses à urbanização das grandes cidades.
No início, três caravelas cruzam o gramado, protegido por uma grande lona. Projeções e dançarinos em fantasias azuis, simulam o mar.
Logo, a construção das primeiras instalações do país por índios escravizados ganha a cena. O cenário se transforma até chegar aos dias atuais, com a projeção de uma favela em uma estrutura de blocos onde participantes praticavam parkour.
Um ponto alto da cerimônia foi o voo de um 14 Bis, a invenção de Santos Dumont, que atravessou todo o estádio, suspenso em um cabo.
Depois da retrospectiva histórica, houve a apresentação de ritmos brasileiros, com direito a clássicos da bossa nova como "Corcovado" e "Garota de Ipanema".
Completando o repertório da festa, muito samba, funk e rap, com gravações de artistas como Claudinho e Bochecha e Marcelo D2.
Como mestres de cerimônia, participaram a jornalista da TV Globo Glória Maria e a atriz Regina Casé, também da emissora.
Outra curiosidade da abertura será a passagem onde a modelo Gisele Bündchen, desfilando ao som de "Garota de Ipanema", será assaltada por um ator. A mensagem final de tal cena, contudo, será de paz.
Por fim, o Maracanã se tornou uma avenida para um desfile de Carnaval.
Mais de 600 representantes de 13 escolas de samba desfilaram pelo meio do gramado, colocando o público para dançar.
O público aplaudia efusivamente, desde as mensagens sobre as consequências do aquecimento global que apareceram nos telões antes da simulação das delegações até a passagem de cada país, anunciado nos telões.
Uma das mais aplaudidas foi a dos atletas refugiados.
Segundo o diretor de comunicação da Rio-2016, a festa ainda reserva surpresas. "Não mostramos uns 20%", disse Mario Andrada.
APROVAÇÃO
"A parte musical foi o que mais gostei, pelos arranjos diferentes", disse o técnico de TI Jefferson Cindra, 25.
Ele chegou com a namorada faltando 15 minutos para a abertura dos portões e esperou quase duas horas na fila diante do estádio.
Para quem chegou cedo, a entrada foi tranquila. Mas a marcação de lugares não funcionou, sendo ignorado pelas pessoas e modificada pela própria organização durante o evento.