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Vila tem eleição com Isinbaieva, alerta para mulheres e árvore do luto

O tenista francês Jo-Wilfried Tsonga faz exercícios com halteres na academia da Vila Olímpica enquanto uma centena de outros atletas usam esteiras, bicicletas ergométricas e outros equipamentos ao seu redor.

O número nove do ranking mundial não é assediado na academia até que retorna a uma bicicleta para pegar a credencial que havia esquecido pendurada. Pronto. No caminho, o primeiro pedido de 'selfie'.

Assim é o cotidiano no conjunto de 31 prédios onde os atletas olímpicos estão residindo na Barra da Tijuca, entre alguns famosos e muitos pouco conhecidos. Um colorido desfile de uniformes pelas ruas e ciclovias do local.

Do prédio do Brasil, o mais isolado da vila, os atletas saem para circular com bicicletas alugadas pelo COB. As principais delegações têm suas próprias "magrelas" para os esportistas, técnicos e oficiais circularem.

E circular de um prédio a outro é o que alguns atletas estão fazendo nos últimos dias para pedir votos, porque até 17 de agosto estará acontecendo a eleição da comissão de atletas do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Entre os 23 candidatos para quatro vagas, estão a russa Ielena Isinbaieva -que não está no Rio devido à punição sofrida pelo atletismo de seu país- e o velejador brasileiro Robert Scheidt —que compete nos Jogos.

Além das dezenas de cartazes sobre a eleição de atletas do COI, no prédio da Austrália há outro aviso a seus moradores, específico sobre a segurança no Rio.

"Andem em grupo de três ou mais; tenha certeza que há um homem no grupo; não vá a favelas; esteja com seu telefone celular a todo momento; e não reaja caso seja confrontado", são alguns dos avisos dos australianos.

O prédio que foi alvo de diversos problemas, dos hidráulicos aos furtos, agora está em boas condições, segundo atletas e dirigentes do país ouvidos pela Folha. E em todos eles os funcionários passara a ser revistados na saída dos edifícios.

Assim como o prédio do Brasil, o dos australianos tem uma área de convivência.

Ambas funcionam até às 22h e possuem vídeo games e televisores como principais atrativos. Também possuem equipamentos que permitem que atletas sejam entrevistados por emissoras parceiras diretamente da Vila Olímpica.

O COB não autorizou a entrada de jornalistas aos quartos dos brasileiros. Mas disse que os apartamentos são de três ou quatro quartos, todos com suítes, e ficam no máximo duas pessoas por quarto.

Até terça (2), cerca de 200 atletas do Brasil estão hospedados no prédio do Brasil. O pico será no dia 12, com 519 pessoas (somados esportistas, técnicos e oficiais).

Além da moradia dos atletas, o prédio do Brasil tem um andar inteiro que funciona como base do COB, com três salas de edição de vídeos para os técnicos de todas as modalidades, uma sala de preparação mental, outra fisioterapia e uma de bioquímica (onde são feitos testes de controle de sangue e urina, não de doping, mas de nutrição e hidratação).

No total, a vila tem atualmente cerca de 10.600 residentes, sendo aproximadamente 3.500 atletas.

Todos eles podem deixar um recado no memorial do luto (uma árvore onde nomes são colocados em fitas), por exemplo. Ou aproveitar para se divertir nas piscinas que existem em cada prédio, nas quadras de tênis, no campo de futebol ou onde quiserem, incentivados pelas milhares de camisinhas que estão espalhadas no local, da sala do centro médico do prédio da Austrália até a academia.

MAPA DA VILA OLÍMPICA

Vila dos Atletas

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