O time olímpico de tênis dos EUA tem nove estreantes em um total de 11 atletas. Pouco importa, já que as duas veteranas do grupo já possuem medalhas o suficiente —quatro ouros, mais do que muitos países na história dos Jogos.
Serena e Venus Williams estão no Rio para defender seus títulos e quem sabe um dia voltar para conhecer a cidade. "Jogando em simples e duplas vai ficar difícil encontrar tempo para sair. Terei que voltar para conhecer o Rio. É uma boa desculpa", afirma Serena, campeã de simples e duplas em Londres e líder inconteste do ranking da WTA.
Apenas mais uma frase polida de uma entrevista marcada pela diplomacia, concedida nesta quarta (3) no Parque Olímpico. Preocupações com a saúde? "Fomos orientados, tomamos as devidas precauções, estamos preparados para tudo." Vocês estão na Vila ou em um hotel? "Não podemos falar sobre isso." Donald Trump presidente? "Não falo sobre política, não é o meu papel, apenas digo que, como afro-americana, prego a paz e uma mensagem de amor entre as pessoas." Maria Sharapova fora dos Jogos por doping? Enfim algo mais forte: "Fazer a coisa certa. Isso é muito importante para nós, atletas".
Serena e Venus fazem força para manter o espírito olímpico. Com longas tranças no cabelo, visual bem diferente do mostrado em Wimbledon, há algumas semanas, repetem o mantra: "Estar aqui é a chance de uma vida inteira. Mesmo que mais de uma vez", segundo Venus. "Ganhar Grand Slams é um sonho. Competir numa Olimpíada é totalmente diferente, é defender um país", afirma Serena.
Parar com tudo isso algum dia? "Amo que faço e faço o que amo todos os dias. Enquanto for assim, não vejo razão para mudar."
Nesta quinta (4), um sorteio define o chaveamento do torneio olímpico, que começa no sábado com disputas de simples.