Considerada o "caldeirão" do basquete na Rio-2016, a Arena Carioca 1 terá alguns pontos cegos perto da tribuna de imprensa.
Na visita feita pela Folha nesta quarta-feira (3) foi possível perceber que as grandes mesas colocadas para os jornalistas em um determinado setor do ginásio tiram a visão quase que completa do torcedor.
Em uma dessas cadeiras com ponto cego não dá para ver o círculo com o símbolo da Rio-2016 no meio da quadra e muito menos a outra cesta.
Do outro lado dessas mesas, em mais um setor reservado para a imprensa, também há pontos cegos. Para ver a cesta do outro lado, é necessário se levantar da cadeira.
Essas mesas foram colocadas depois do início das vendas dos ingressos. Portanto, é possível que algum torcedor tenha comprado uma entrada em um ponto cego.
A Rio-2016 disse que está ciente do problema e que realocará a pessoa que comprou o bilhete para tais cadeiras —a organização não soube informar se as entradas já foram mesmo vendidas.
Ainda de acordo com a Rio-2016, 2% dos ingressos de cada arena não foram colocados à venda justamente para poder realocar um torcedor caso seja necessário.
A Folha também presenciou um problema semelhante na Arena Olímpica do Rio, que vai sediar as competições de ginástica. Lá, o ponto cego está nas tribunas de imprensa sem mesas. Parte do público ou dos convidados terá visão prejudicada.
Na semana passada, a Folha mostrou que o Comitê Organizador da Rio-2016 colocou à venda novo lote de entradas para as disputas de natação (no Estádio Aquático) para áreas em que há pontos cegos. Essas entradas custam a metade do valor original.
Nesses pontos, localizados nos quatro cantos da piscina, há pilastras que sustentam o teto. O projeto inicial não previa essas estruturas, mas elas foram adotadas para cortar gastos.
Para ajudar a melhorar a experiência de quem sentar naquelas cadeiras, foram colocadas TVs presas às pilastras, que mostrarão os resultados.
Colaborou EDUARDO GERAQUE, enviado especial ao Rio