A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) decidiram isolar, na reta final de preparação olímpica, a principal promessa no salto com vara do país, para evitar assédio.
Thiago Braz, 22, não vai treinar no Rio ou em São Paulo nestes dias que antecedem a Olimpíada. Ele, o técnico ucraniano Vitaly Petrov e as entidades optaram por preparação em um centro de treinamento em Natal, no Rio Grande do Norte.
| Danilo Verpa/Folhapress | ||
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| Thiago Braz salta no Pan de Toronto-2015, em que não conseguiu medalha. Tática de isolamento tenta preservar o atleta da pressão por resultados |
A distância dos demais tem relação com a instabilidade de Braz, detentor da quarta melhor marca do salto com vara no mundo, com a marca de 5,90 m. Na temporada passada, o saltador também foi o quarto melhor, mas com 5,92 m.
A tática é para tirar a pressão do atleta. Ele tem saltado alto, entre os melhores do mundo, mas nos três últimos grandes torneios ele foi mal: ficou longe das medalhas no Pan de Toronto-2015, no Mundial de Pequim-2015 e no Mundial indoor de Portland-2016.
Um dirigente da CBAt afirmou que a entidade teme que críticas ou assédio atrapalhem Braz. Ele deve chegar ao Rio poucos dias antes do início da competição. A classificatória do salto com vara masculino acontece no dia 13.
Brasileiros classificados para a Olimpíada
No final de 2014, o saltador resolveu trocar de técnico. Deixou Elson Miranda, com quem treinava em São Caetano, e se mudou para Formia, na Itália, para se orientado por Petrov.
Miranda e Petrov eram amigos, e o europeu, ex-treinador da russa Ielena Isinbaieva e do ucraniano Sergei Bubka, dava consultoria a atletas brasileiros. Hoje, eles não se falam.
A ida de Braz para a Itália foi apoiada pela CBAt e pelo COB, que agora acataram a opção pelo isolamento em Natal.
Braz foi prata nos Jogos Olímpicos da Juventude em Cingapura, em 2010, e ouro no Mundial Júnior de Barcelona, em 2012.