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Diretores de teatro e TV elogiam 'bom gosto' da cerimônia de abertura

A cerimônia de abertura da Olimpíada na noite de sexta (5) surpreendeu especialistas em encenação pela qualidade estética e artística. "Achei belíssimo, de extremo bom gosto. Estou muito orgulhoso", diz Miguel Falabella, ator e diretor teatral. "Todo aquele início com os elásticos, a parte da formação do Brasil, com os índios e os portugueses, as projeções. Tudo foi muito bem realizado."

O diretor teatral José Possi Neto disse estar surpreso com a cerimônia no Maracanã. "Eu tinha medo porque fiquei fascinado pelo espetáculo da China [na edição de 2008] e achava difícil o Brasil se comparar ou superar um espetáculo como o de Pequim", diz o diretor. "Sabia que seria um espetáculo belíssimo, mas acho fantástico, num momento de tanta controvérsia no Brasil, a gente ter um espetáculo tão competente, tão magnífico."

O uso de tecnologia na cerimônia impressionou o diretor. "Quando vi nossa capacidade de conjugar criatividade com tecnologia supercontemporânea, tive certeza que o futuro é aqui. O Brasil já é o futuro, independente de todos os problemas políticos que a gente tenha. Um espetáculo de primeiro mundo", disse Possi. "Mas também, com um time encabeçado por Abel [Gomes, diretor-geral artístico], com Andrucha [Waddington], Fernando [Meirelles] e Daniela [Thomas], a gente não podia esperar outra coisa."

Diretora de cinema, shows e peças, Monique Gardenberg já trabalhou com vários dos criadores da cerimônia de abertura e elogiou os colegas. "Achei lindo, surpreendente, poderoso e despojado. Altamente tecnológico e artesanal ao mesmo tempo."

Diretor de musicais como "Hair" e "Avenida Q", Charles Möeller estava no teatro ensaiando um novo espetáculo, mas diz que gostou muito das poucas imagens que viu. "O 14-Bis foi muito bonito. A Gisele [Bündchen], incrível. O Paulinho [da Viola], emocionante. Vi tudo com bons olhos e emoção."

O carnavalesco do Salgueiro, Renato Lage, disse que a cerimônia surpreendeu os pessimistas, que apostavam que o evento seria um fiasco. E elogiou o que chamou de as "sacações" da cerimônia. "Não tinha nada mirabolante, mas a mensagem foi passada com muita emoção. Em termos visuais, souberam dosar o projeto com a mensagem cenográfica", diz o carnavalesco. "Se você notar, era bem pouca [cenografia], foi mais em cima das projeções. Foi um recurso de uma 'sacação' legal."

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