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Na estreia do rúgbi de sete em Jogos, Brasil quer ficar entre oito primeiros

Os resultados do rúgbi de sete feminino do Brasil não serão importantes apenas para ficarem registrados na história olímpica, no momento em que o esporte faz a sua estreia.

Entre 1900 e 1924 só houve torneios olímpicos masculinos e mesmo assim do rúgbi de 15 atletas em cada time.

Agora, serão sete para cada lado e, no caso do time feminino, algumas vitórias já darão sobrevida ao esporte no país.

Mariana Lajolo/Folhapress
Jogadoras da seleção brasileira de rúgbi posam para foto em frente à Vila Olímpica
Jogadoras da seleção brasileira de rúgbi posam para foto em frente à Vila Olímpica

"Nossa meta é ficar entre os oito primeiros. Mas precisamos estar entre os nove para ter garantida a vaga em todas as competições internacionais do ano que vem", conta Edna Santini, atleta brasileira que quebra com todos os estereótipos atrelados ao rúgbi.

Com 1,53 metros de altura, a jogadora pequena e rápida, que já ganhou prêmios internacionais pelas suas atuações, não vem das classes sociais que costumam estar mais presentes no esporte.

Filha de uma costureira e de um autônomo, Santini teve uma infância pobre na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo.

Aos 12 anos começou a jogar rúgbi com os meninos. Quando começou a se interessar cada vez mais pelo esporte, sua mãe resolveu lavar a roupa do time para que, em troca, ela pudesse jogar.

Depois de quebrar o tornozelo e ver o seu sonho olímpico quase ruir, ela era só sorrisos no treino da seleção brasileira que se prepara para competir na Rio 2016.

Toda a família dela, pais e irmã, estará nas arquibancadas do estádio de rúgbi de sete. O Brasil estreia neste sábado (6), no Estádio de Deodoro, ao meio-dia, contra a Grã-Bretanha.

"Meu objetivo é ir jogar rúgbi no exterior, em países como Austrália e Nova Zelândia, além de terminar minha faculdade. Não sei se volto para a fisioterapia ou se vou fazer outro curso".

Danilo Verpa - 07.jul.2015/Folhapress
TORONTO - CANADA - 07.07.2015 - O treinador da Nova Zelandia, Chris Neill durante Treino da Selecao Brasileira Feminina de Rugbi para os Jogos Pan Americanos relizado na cidade de Toronto no Canada. . (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, ESPORTE)
Edna Santini, do rúgbi brasileiro, durante treinamento para a Rio-2016

Como jogadora, Santini tem ainda uma qualidade que poucos atletas olímpicos de esportes coletivos brasileiros têm. "Até hoje, nunca perdi para a Argentina [que não vai jogar no Rio de Janeiro]", afirma.

O Brasil conseguiu sua primeira medalha na modalidade em 2015, no Pan-Americano de Toronto, no Canadá.

Para o atual ciclo olímpico, a Confederação Brasileira de Rúgbi investiu bastante.

Há mais de dois anos, todas as jogadoras da seleção feminina que não moram em São Paulo ficaram concentradas em uma mesma casa. A comissão técnica também é internacional.

O torneio de rúgbi de sete, além de menos jogadores em campo, tem uma dinâmica totalmente diferente do rúgbi com 15 jogadores.

As partidas tem dois minutos de sete minutos, além dos sete jogadores de cada lado. "É muito intenso, e, apesar de não parecer, demora uma eternidade", conta Santini.

Nos jogos, cada seleção fará duas partidas por dia. A contrário das três partidas diárias que costumam ocorrer nos torneios internacionais.

Austrália e Nova Zelândia devem brigar pelo ouro, apesar de o Canadá também ter uma seleção muito forte.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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