Publicidade
Publicidade

Brasileiros vencem no vôlei de praia, mas reclamam do vento em Copacabana

Dupla favorita no vôlei de praia, Alison e Bruno Schmidt estrearam com vitória por 2 a 0 contra a dupla canadense Binstock/Schachter. A maior dificuldade foi o vento, de acordo com os dois jogadores brasileiros.

"O vento estava rodando. De uma hora para outra, o lado bom ficava ruim, e o lado ruim ficava bom", disse Alisson. "A bola acaba baixando um pouco. Tomei dois bloqueios por isso."

"O vento estava louco. Na quadra de aquecimento não tinha vento algum. Na quadra principal, o vento rodava. Antes do saque, jogava um pouco de areia para o alto para sentir as mudanças de direção", afirmou Bruno.

O formato da arena, com arquibancadas muito altas, mantinha o vento em quadra, ganhando múltiplas direções, avaliou o jogador.

Os brasileiros só ficaram atrás do placar em dois momentos. Logo no começo do primeiro, vencido por 21 a 19, e no final do segundo set, que terminou 22 a 20.

Ruben Sprich/Reuters
Os brasileiros Alison (esq) e Bruno, do vôlei de praia, em vitória sobre o Canadá
Os brasileiros Alison (esq) e Bruno, do vôlei de praia, em vitória sobre o Canadá

VAIAS
O canadense Joshua Binstock admitiu que pediu o desafio eletrônico no penúltimo ponto do jogo numa estratégia para tentar esfriar a dupla brasileira.

Quando o telão da arena de Copacabana mostrou que ele de fato havia tocado na rede como o juiz marcara, a arena vaiou. "Eu tinha direito de fazer o desafio e o fiz. Era o momento final da partida. A reação da torcida foi normal", declarou.

A partida entre Brasil e Canadá começou pontualmente às 11h, momento em que a fila de acesso à arena chegava a dois quilômetros no calçadão da praia de Copacabana. Parte das arquibancadas estava vazia no início da partida, com grande parte do público chegando já no final primeiro set.

"Para mim, a arena estava lotada. Mas, se houve problemas de acesso, esperamos que sejam corrigidos. Achei a torcida fantástica", disse Bruno.

Os brasileiros voltam a jogar na segunda-feira contra a dupla austríaca Doppler/Horst, que foi derrotada pelos italianos Carambula/Ranghieri por 2 a 0 na primeira rodada.

FEMININO
No torneio das mulheres, as brasileiras Ágata Rippel e Bárbara Seixas superaram a ansiedade para vencer de virada as tchecas Hermannova/Slukova por 2 sets a 1.

Com algumas falhas técnicas das brasileiras, a dupla tcheca ganhou o primeiro set por 21 a 19.

Julio Cesar Guimarães/NOPP
Bárbara Seixas e Ágata Rippel, do vôlei de praia, comemoram em partida contra República Tcheca na Rio-2016
Bárbara Seixas e Ágata Rippel, do vôlei de praia, comemoram em partida contra República Tcheca na Rio-2016

"Começamos muito ansiosas, o que nos levou a cometer erros que normalmente não teríamos. Elas começaram atacando muito bem. Mas depois conseguimos nos equilibrar e superá-las", disse Bábara.

"Deu mesmo um friozinho na barriga. Mas sabíamos que seriam adversárias difíceis. Quando relaxamos, começamos a nos comunicar com humor e tranquilidade como sempre e viramos o jogo", declarou Ágatha.

No segunda set, as brasileiras se recuperaram fazendo 21 a 17. No terceiro set decisivo, a torcida aumentou a pressão sobre as tchecas, vaiando-os em todos os saques. O locutor da arena Copacabana pediu espírito olímpico à plateia, evitando vaiar as atletas.

Não adiantou, em especial porque Slukova chegou a provocar o público num momento de silêncio. "Nós sabíamos que as brasileiras eram mais experientes e mais fortes do que nós. Tentei transformar a pressão do público em algo a nosso favor", disse Slukova.

Na segunda-feira, Ágatha e Bárbara enfrentam as argentinas Gallay/Klug, que perderam na estreia para as espanholas Elsa/Liliana por 2 a 0. "A dupla argentina é daquele tipo enjoada. Não serão fáceis não", afirmou Ágata.

Brasileiros na Rio-2016

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade