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ANÁLISE

A mais poderosa equipe dentro da delegação do Brasil é a dos militares

A primeira medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio são o cartão de visitas da mais poderosa equipe dentro da delegação brasileira: a dos militares.

Como outros 144 atletas que estão na Rio-2016, Felipe Wu é atleta das Forças Armadas. Junto dele estão 30% dos esportistas brasileiros na Olimpíada.

A esmagadora maioria não é militar de carreira, tem apenas o patrocínio de Marinha, Exército ou Aeronáutica.

A delegação de farda tem, inclusive, meta de medalhas. Quer sair do Rio com 10 pódios.

O apoio é fruto de um programa de alto rendimento iniciado em 2008 e que ajuda a fechar a conta de centenas de atletas. Eles recebem treinamento militar por 45 dias, soldo e benefícios, como usufruir das instalações esportivas das Forças Armadas.

Os militares, por sua vez, além de ganharem visibilidade, reforçam suas equipes para as competições de que participam.

É um acordo que agrada aos dois lados e tem muito espaço para crescer no Brasil por conta das dificuldades que os atletas têm em conseguir patrocínios. Ou ver transformados em ações que os atinjam as verbas obtidas por suas confederações.

A prática não é invenção brasileira. Há atletas de diversos países do mundo que também entram nas Forças Armadas como forma de conseguir apoio.

Recentemente, esse acordo levantou polêmica com brasileiras prestando continência no pódio durante o Pan de Toronto, em 2015, prática incentivada pelos militares.

A Olimpíada costuma vetar qualquer forma de manifestação política. O Comitê Olímpico Internacional deve avaliar caso a caso se aparecerem continências nas entregas de medalhas. Uma manifestação proibida pode ser punida até com a expulsão dos Jogos.

Façam ou não o gesto no pódio, os atletas militares deixarão sua marca nos Jogos.

Brasileiros na Rio-2016

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