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Transporte integrado do Rio funciona bem no primeiro dia de funcionamento

No primeiro dia em que a Linha 4 do metrô foi liberada para o público da Olimpíada o movimento fluiu de forma tranquila. A Folha fez todo o trajeto até o Parque Olímpico, saindo do Boulevard, na região da praça Mauá (centro), por VLT, metrô e BRT.

O fluxo de passageiros era grande desde a metade da manhã nas estações e dentro dos veículos, mas não houve tumulto e poucos pareciam ter dúvidas sobre como ir.

As raras reclamações foram em relação à venda do RioCard Olímpico, que dá acesso ao VLT. O preço anunciado nos cartazes dos pontos de venda não informa que o usuário também precisa pagar na primeira vez R$ 3 pelo cartão. As máquinas não dão troco e não aceitam pagamento eletrônico, mas na estação da Candelária havia ao menos uma funcionária para orientar os passageiros.

O publicitário Cassio Aielo, 40, chegou na manhã de sábado (6) com a mulher, a profissional de marketing Renata Bove, 42, e as duas filhas, na rodoviária Novo Rio, vindos de São Paulo.

A família comprou o Riocard para três dias, o que demorou 25 minutos. "Muitos desembarcam ao mesmo tempo, é inevitável que haja fila, mas ela diminuiu logo depois", disse Aielo.

O Riocard Olímpico é o único cartão que dá acesso às linhas exclusivas para a Olimpíada: BRT Transolímpica (entre Deodoro e Recreio dos Bandeirantes), BRT Lote 0 (entre Terminal Alvorada e a estação Jardim Oceânico) e Metrô Linha 4. Sem ele, o passageiro não consegue, por exemplo, fazer a baldeação do metrô no Jardim Oceânico para o BRT.

Segundo funcionário do metrô, alguns usuários atrapalhavam o fluxo ao tentar usar o RioCard normal. A reportagem viu alguns sendo barrados e orientados a comprar bilhetes específicos.

Sem falar português, o japonês Toshiaki Fukuzaki, 28, contou que foi fácil seguir a sinalização para encontrar o caminho do Parque Olímpico. "Até agora não me perdi", disse ele, que aproveita para curtir os Jogos durante viagem de volta ao mundo.

Fica evidente como transporte interligado e organizado faz a diferença na vida do usuário, independentemente da língua. Não foi essa, porém, a experiência vivida por todos que estão nos Jogos.

Victor Oliveira de Andrade, 39, assistente administrativo, está se programando desde 2009 para esse momento e não esperava se estressar tanto por causa do transporte. "Levamos uma hora de ônibus de Del Castilho (zona norte) até o metrô de Botafogo. Não tínhamos certeza se estávamos no lugar certo, pensamos em ir de táxi ou de Uber", disse, ainda esbaforido, enquanto se acomodava no vagão, junto com o companheiro, o administrador de empresas José dos Santos Neto, 50.

O casal paraibano fica 15 dias no Rio, com ingressos para ginástica, vôlei de praia, natação e atletismo. "Agora que sei que estou a caminho do parque me sinto como pinto no lixo de felicidade. Era um sonho", disse Andrade.

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