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Argentina celebra sua primeira medalha de ouro conquistada por mulher

A Argentina, cujo prognóstico é voltar com no máximo seis medalhas para casa, começou os Jogos Olímpicos do Rio quebrando seus recordes.

No sábado (6), pela primeira vez na história do país, uma mulher levou um ouro na Olimpíada.

Um bom resultado da judoca —e médica— Paula Pareto, 30, porém, era esperado, pois ela já tinha o título do mundial de 2015 e o bronze olímpico de Pequim em 2008.

O último feito de "La Peque" (diminutivo para pequena, em espanhol), como é conhecida, domina agora as conversas e o noticiário neste fim de semana no país.

Ela está cotada pelos argentinos para levar a bandeira na cerimônia de encerramento dos Jogos. Pareto era uma das candidatas à porta-bandeira da abertura, mas, como lutava no dia seguinte após a cerimônia, a hipótese foi descartada.

William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress
Paula Pareto, judoca argentina da categoria até 48 kg, faz história e é a primeira mulher a ganhar um ouro pelo país
Paula Pareto, judoca argentina da categoria até 48 kg, faz história e é a primeira mulher a ganhar um ouro pelo país

"Enorme", "a mulher dos sonhos", "gigante" e "a maior" são os adjetivos que os jornais locais usam para elogiá-la neste domingo. Ao lado, aparecem outras definições como "emblema da nossa participação olímpica", "gladiadora", "humilde com espírito colaborador" e "guerreira".

Pareto afirmou que não havia pensado que, se vencesse, seria a primeira mulher do país a conseguir um ouro. "Não sabia, mas é valioso porque o judô é visto quase exclusivamente como um esporte masculino. Essa vitória dá ao judô e à mulher um lugar de destaques", acrescentou ao jornal "La Nación".

O presidente Mauricio Macri, que foi ao Rio para participar da abertura dos Jogos, a felicitou pela redes sociais: "Parabéns, Paula Pareto, pela medalha de ouro. Um orgulho para todos".

Para o também judoca olímpico Emmanuel Lucenti, Pareto é a melhor atleta de seu país. "É a melhor de toda a história argentina. Melhor que Messi", disse ao jornal "Clarín".

Se para os brasileiros um ouro já causa orgulho, para os argentinos ele é ainda mais celebrado. O país ficou sem um primeiro lugar no pódio entre 1952 e 2004, ano em que começou a recuperar resultados um pouco melhores, quando somou seis medalhas no total.

Também durante esse período de 52 anos, o número de conquistas foi o mais fraco de sua histórica esportiva, com uma média de duas por edição. Entre 1924 e 1952, a média era de seis, e, desde 2004, é de cinco.

Pódios femininos são infelizmente ainda mais raros no país -o time de hóquei sobre grama tem duas pratas (2000 e 2012), a tenista Gabriela Sabatini (1988), a atleta Noemí Simonetto (1948), de salto em distância, e a nadadora Jeanette Campbell (1936) têm uma prata cada uma. Há também outros cinco bronzes obtidos por mulheres.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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