Michael Phelps é conhecido por nadar muitos eventos, sair de uma prova e cair na outra poucos minutos depois, na grande maioria das vezes, com sucesso. Mas o tempo não é um grande aliado do nadador.

No segundo dia em que competiu no Rio, o norte-americano se arriscou e uma dobradinha. Saiu dos 200 m borboleta com a medalha de ouro e, 73 minutos depois, voltou para a água. O sacrifício foi recompensado, e ele subiu no 25º pódio em Jogos Olímpicos ao vencer o revezamento 4 x 200 m livre. Só não esperava que doesse tanto.

"Esses dias têm sido loucos. Provavelmente essa foi uma das dobradinhas mais desafiadoras que eu já fiz", disse o nadador de 31 anos, que poucos minutos antes da prova percebeu que estava sem touca e nadou com uma emprestada, do lado avesso para evitar problema com patrocinadores.

Phelps ganhou o ouro nos 200 m borboleta e no 4 x 200 m livre. A prova individual é a mesma que lhe deu sua primeira vaga olímpica, em Sydney-2000, e a que ele perdeu em Londres-2012, pondo fim a uma longa invencibilidade.

"Eu queria muito essa vitória de novo", disse o nadador.

No pódio, Phelps ficou emocionado, quase chorou. Disse que viu um filme de sua carreira enquanto ouvia o hino e pensou que aquela era a última vez que nadava a prova que tanto significa em sua carreira.

Mesmo emocionado, no entanto, conseguiu gargalhar com os sons que três amigos de Baltimore, onde vive, faziam das arquibancadas do Estádio Aquático.

"Quem já foi a Baltimore sabe o barulho que eles fazem durante o hino. Eu conseguiu ouvir. Eles vieram dos EUA para me apoiar e isso significa muito para mim."