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Nadadora húngara supera nervosismo, quebra tabu e leva três ouros

Enquanto os holofotes da natação se concentram nos norte-americanos Michael Phelps e Katie Ledecky, é de uma húngara a coleção mais farta de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio.

Katinka Hosszu, 27, conquistou três medalhas de ouro nos quatro dias de finais no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Famosa por sua resistência, o que já lhe rendeu o apelido de Dama de Ferro, ela triunfou nos 400 m medley (com recorde mundial), nos 100 m costas e, nesta terça-feira (9), nos 200 m medley –este com recorde olímpico.

"Vindo para o Rio, eu não tinha nenhuma medalha olímpica, então seria bom ganhar uma de qualquer cor. Ter três ouros é irreal", afirmou a húngara, que já havia participado dos Jogos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012.

A última mulher a obter tal marca de conquistas de ouro individuais fora a holandesa Inge de Bruijn, nos Jogos Olímpicos de Sydney, quando venceu os 50 m livre, 100 m livre e 100 m borboleta.

Katinka sempre foi vista como um grande talento da natação, mas estourou neste ciclo olímpico. Levou o ouro nos 200 m medley e 400 m medley nos Mundiais de Barcelona-2013 e Kazan-2015, mas faltava uma ascensão ao pódio olímpico.

Era algo que ela esperava no ciclo passado, na Olimpíada inglesa. Não veio. "Foi meio louco, porque em Londres eu estava tão nervosa com o que poderia acontecer se eu não conseguisse uma medalha, e foi exatamente o que aconteceu. No Rio, eu queria encarar como se fosse uma competição qualquer", disse.

A estratégia deu certo. "Mas eu ainda estava nervosa quando cheguei aqui [ao Rio], como em Londres. São os Jogos Olímpicos. Porém, eu estava mais focada e não senti tanta pressão. Fiz o melhor que pude e felizmente foi o suficiente para três ouros."

A húngara é treinada pelo marido, Shane Tusup, que chama a atenção pelo jeito como reage nas provas dela. Geralmente à beira da piscina, ele comemora efusivamente cada boa marca, mas também é tido como severo –já a repreendeu veementemente em público.

Katinka estourou no Mundial de Roma, em 2009, quando, aos 20 anos, conquistou a medalha de ouro nos 400 m medley. Agora, se consolida como estrela de primeira grandeza. Em Mundiais em piscina curta (25 m) e longa (50 m) e Olimpíadas, ela soma 26 medalhas.

A conta ainda pode aumentar. Nesta quinta-feira (11), ela disputa as eliminatórias e, provavelmente, as semifinais dos 200 m costas.

Com base nos três ouros que amealhou no Rio, a confiança só faz aumentar. "Mesmo se não estiver no meu melhor dia, consigo tocar a parede em primeiro lugar."

A Dama de Ferro já veio ao Brasil outras vezes. Disputou competições nacionais por clubes, sempre com participações marcantes. O Brasil, de fato, lhe inspira o melhor.

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