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Um terço do público escolhe futebol; esportes como hipismo registram vazios

Vazios de público na Olimpíada são notados em esportes de baixa popularidade no Brasil, como o levantamento de peso e hóquei sobre a grama. Mas o futebol, em geral, se revela um sucesso de audiência.

Pelo menos um terço da audiência in loco da Olimpíada até agora foi puxado pelo futebol.

O esporte tem mobilizado os torcedores na maior parte das partidas, que acontecem não apenas no Rio. São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Manaus também sediam jogos de futebol no torneio olímpico.
Desde que as competições começaram, no dia 6 de agosto, mais de 618 mil pessoas viram jogo de futebol no estádio.

A contagem não considera os primeiros duelos, que ocorreram antes da cerimônia de abertura, em 5 de agosto. Àquela altura, só havia futebol em andamento, o que poderia distorcer a comparação. O levantamento também não inclui os jogos de futebol desta quarta (10), à noite, como a partida Brasil versus Dinamarca, em Salvador.

É fato que os estádios de futebol tem capacidade para receber um público bem maior. Ainda assim, a taxa de ocupação é muito boa.

2 MILHÕES

A Olimpíada vai ultrapassar nesta quinta (11) a marca de 2 milhões de audiência in loco nos locais que fazem parte do evento. Até esta quarta (10), 1,9 milhão de ingressos foram consumidos em sessões esportivas.

O número de pessoas nas arquibancadas, porém, é menor que esse montante. Não se sabe exatamente essa quantia, já que, em alguns casos, um torcedor pode assistir a mais de uma prova no mesmo dia com o mesmo ingresso.

É possível constatar, contudo, que ao menos um terço do total da audiência in loco veio do futebol.

O recorde de público até agora, considerando todos os esportes, foi registrado no último domingo (7), segundo dia completo da Olimpíada, para o qual 477 mil ingressos foram comercializados.

Justamente por causa do futebol, esse recorde diário dos Jogos deve ser batido no próximo sábado (13), dia em que as quartas de final do masculino acontecerão.

Ricardo Borges/Folhapress
Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. 09/08/ 2016; Jogo de Basquete Argentina X Croacia. Argentinos que vieram para os Jogos da Rio2016 animam as competicoes com torcida fervorosa. com (Foto: Ricardo Borges/Folhapress) *** EXCLUSIVO FOLHA ***
Jogo de Basquete entre Argentina e Croácia

OSCILAÇÃO

Desde o dia 6 (sábado), quando começaram as competições, a presença do público nas arenas oscila.

É visível o aumento do número de torcedores em partidas com disputas de medalhas ou com brasileiros em esportes mais populares, como natação, tênis, vôlei e ginástica.

Entretanto, os lugares vazios ainda são percebidos, uma questão crônica em se tratando de Jogos Olímpicos. Londres-2012 chegou a fazer acordo com patrocinadores, que possuem cargas próprias de ingressos, para repassar os que não seriam utilizados até mesmo de graça para o público interessado.

Segundo o comitê organizador, o fato de diversos ingressos darem acesso a rodadas duplas também produz lugares vazios. Os torcedores acabam escolhendo uma das sessões e faltando a outros. Sobre bilhetes de patrocinadores não utilizados, agora não há controle. A organização recomenda que a disponibilidade desse tipo de entrada seja comunicada pelas empresas.

Em geral, nos esportes coletivos, como basquete e handebol, dentro do complexo da Barra, a ocupação das arquibancadas vai além dos 60%. Até o polo aquático tem atraído a atenção do público. No jogo entre Brasil e Austrália, no fim de semana, a ocupação era superior a 80%.

No jogo do basquete masculino entre Brasil e Lituânia, às 14h15 de terça-feira (9), 80% dos lugares estavam cheios. A Arena Carioca 1 tem capacidade para 16 mil lugares. Na Arena do Futuro, onde estão sendo disputados os torneios masculino e feminino de handebol, a torcida também tem marcado presença, mesmo em jogos que não são do Brasil. As arquibancadas acomodam 12 mil pessoas, e pelo menos 60% dessa capacidade tem ficado ocupada.

As arenas de tênis, após primeiras rodadas mais fracas, também chegam a alcançar 80% de ocupação. A eliminação de Novak Djokovic e a vitória de Thomaz Bellucci, ambas na quadra central, tiveram arquibancadas quase cheias. "Foi um dos jogos mais emocionantes da minha carreira", afirmou o tenista brasileiro ao descrever a atmosfera criada pelo público.

A arena da ginástica tem recebido mais de 10 mil pessoas todos os dias, para uma capacidade de 12 mil pessoas.

Fora dos esportes coletivos e em modalidades mais inusitadas, a curiosidade também existe, mas a ocupação das arenas é bem menor. Na quarta pela manhã, por exemplo, nas provas de levantamento de peso, não havia praticamente ninguém.

Vazios também são notados em disputas de hóquei sobre grama e hipismo CCE (concurso completo de equitação).

Bruno Villas Bôas/Folhapress
A equipe brasileira de hipismo CCE (concurso completo de equitação) disputa na manhã desta terça-feira (9) a prova de salto por equipe da modalidade (que inclui também adestramento e cross-country). O primeiro brasileiro a entrar na área de competição foi Ruy Fonseca, com o cavalo Tom Bambadill Too. O animal refugou no oitavo obstáculo (um triplo, ou seja, composto por três saltos). O cavaleiro caiu e o conjunto acabou eliminado da prova. Como a equipe brasileira ainda podia descartar uma nota, ainda tem chances de uma medalha por equipe, ainda que mais remota.
Equipe brasileira durante competição de hipismo CCE (concurso completo de equitação)
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