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'Preciso de alguns dias para digerir o que fiz', diz nadador que bateu Phelps

O conto de fadas que Michael Phelps viveu no Rio foi interrompido 50s39 depois da largada dos 100 m borboleta, na noite desta sexta-feira (12).

E o responsável foi um cingapuriano com um quê de norte-americano, recém-inserido na maioridade. Joseph Schooling, 21, que vive e treina em Austin, no Texas, bateu o maior nadador de todos os tempos e impediu que ele conquistasse o tetracampeonato consecutivo na distância.

Phelps, o húngaro Laszlo Cseh e o sul-africano Chad le Clos empataram na segunda posição, com a marca de 51s14 —foi a primeira vez na história que houve empate tríplice.

Até esta sexta-feira, Phelps havia conquistado ouros nos 200 m borboleta, 200 m medley, 4 x 100 m livre e 4 x 200 m livre. Neste sábado (13), ele disputará o 4 x 100 m medley.

O triunfo sobre o norte-americano, detentor de 27 medalhas olímpicas, ainda não havia sido compreendido pelo vencedor. "Eu preciso de alguns dias, voltar para casa, sair dessa loucura e digerir o que fiz", disse Schooling, que obteve a primeira medalha de ouro de seu país na natação.

O cingapuriano não é exatamente uma zebra. Ele foi medalhista de bronze na mesma prova no Mundial de Kazan, no ano passado, e ouro nos Jogos da Comunidade Britânica em Glasgow, em 2014.

"Espero que isso pavimente um novo caminho para os esportes em Cingapura. Até as pessoas de países menores como Cingapura podem obter grandes feitos", disse ele, que dedicou o título à família.

Dentro de seu país, ele já era tratado como um fora de série. A ponto de ter sido dispensado do serviço militar obrigatório, para o qual teria de entrar em outubro de 2013, para se preparar para os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

O apoio deu certo. "[Esta medalha] Significa muito para Cingapura. Foi uma longa estrada, muita pressão, difícil de conquistar", comentou.

Schooling sentou lado a lado com Phelps durante a entrevista a jornalistas depois da medalha de ouro. Ele disse que, na prova, teve um "branco" na hora que bateu no placar e que, minutos antes, teve de segurar a emoção ao nadar ao lado de Phelps.

"A maioria dos nadadores idolatra Michael. Ele é o maior, conquistou tudo na carreira. Uma medalha é loucura, eu não consigo imaginar 22 ou 23. Quero ser como ele. Ele é a razão de eu querer ser um nadador melhor", derreteu-se.

O elogio foi devolvido um pouco depois. "Estou orgulhoso dele", disse Phelps.

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