O Brasil venceu na manhã deste domingo (14) a seleção de Montenegro por 29 a 23, na última rodada da fase de classificação do torneio feminino de handebol da Rio-2016.

Com o resultado, o Brasil garantiu a primeira posição do Grupo A, já que é melhor no confronto direto com a Noruega, que pode ir ao mesmo número de pontos das brasileiras se vencer a Romênia às 16h40.

"Independente do que vier pela frente será uma pedreira. Vamos jogo a jogo", disse Barbara Arenhart, a Babi, goleira de seleção, que mais uma fez foi um dos destaque da partida. Ela obteve um ótimo aproveitamento, conseguindo defender 44% dos arremessos contra o gol brasileiro. No handebol, em média, a goleira consegue defender entre 25% a 30% das bolas.

Na próxima fase, o adversário do Brasil deve ser Suécia ou Holanda, que ainda jogarão neste domingo (14). As quartas serão disputadas na terça (16).

"Nós chegamos aqui ao Rio com os dois pés no chão. E isso não mudou nada", disse Morten Soubak, técnico do Brasil nascido na Dinamarca, logo após o jogo.

Depois de oscilar durante o primeiro tempo contra a seleção de Montenegro, o jogo do ataque brasileiro, mais uma vez, fluiu melhor na segunda etapa, período em que o Brasil ficou a maior parte do tempo com cinco gols à frente do placar.

Ana Paula Rodrigues, mais uma vez, foi um dos destaques do ataque do Brasil, sendo a maior goleadora da seleção na partida, com seis gols.

DECEPÇÃO

A seleção de Montenegro é a grande decepção do torneio feminino de handebol. Atual vice-campeã olímpica, perdeu todos os cincos jogos que fez na Arena do Futuro.

O técnico do time europeu, Dragan Adzic, disse que não tem como explicar a péssima campanha da sua seleção nos Jogos do Rio. "Não tenho muitas palavras", afirmou.

"Assim, de fora, parece que elas não estavam com um grupo muito unido. Deve ter algum problema, eu só imagino", disse Duda Amorim, jogadora da seleção brasileira, que também falou sobre a importância de o Brasil continuar com os pés no chão.

No handebol feminino, é comum as atletas brasileiras conhecerem a maioria das jogadoras de outras seleções. Quase todas elas atuam em times europeus.

	Damir Sagolj/Reuters
	A brasileira Ana Paula Belo tenta arremesso em jogo contra Montenegro