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Robson Conceição segue ritual para luta mais importante de sua vida

Na noite anterior às suas lutas, Robson Conceição, 27, costuma ficar sozinho num canto, mentalizando os golpes que irá desferir quando o combate for à vera. Às vezes faz isso deitado, no escuro.

Em outras prefere pensar no banho. Dá socos imaginários na água e simula movimentos de esquiva. Tudo isso para manter o foco até o momento decisivo.

Nesta terça-feira (16), fará a luta mais importante de sua vida. Conceição disputará a final do peso ligeiro (60 kg) na Olimpíada, contra o francês Sofiane Oumiha, 21, sexto no ranking, às 19h15, no pavilhão 6 do Riocentro. Se vencer, Conceição, quinto no ranking, leva ouro inédito para o Brasil no esporte.

Ele costuma ouvir música evangélica nos dias que precedem o combate e também minutos antes de subir no ringue. O pugilista não é evangélico. Acredita em Deus e usa o poder motivador do gospel para lhe dar inspiração.

Conceição chega à final após dois duros ciclos olímpicos. Estreante em Pequim-08, perdeu na primeira luta. Em Londres-12, cotado para ser medalhista, repetiu o desempenho.

Em 2013, lutou o mundial do Cazaquistão com duas lesões, uma na lombar e a outra no peito. Conseguiu a prata, após perder para o cubano Jorge Lázaro Álvarez, 25, primeiro no ranking. Nestes Jogos, fez três boas lutas e desbancou na semifinal seu algoz.

O foco no ouro é total e o atleta tem crescido com a torcida. Após passar para a semifinal e assegurar pelo menos o bronze, o treinador Cláudio Aires disse que não havia espaço para comemoração.

"A comemoração vai ser no treino. Não ficamos de passeio pela Vila dos Atletas ou no shopping. Viemos aqui para buscar a medalha. Depois aproveitamos a cidade", disse.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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