Com "espírito de guerreiros", Alison e Bruno jogam nesta quinta (18) a esperança brasileira de retomar a medalha de ouro do vôlei de praia masculino, contra os italianos Nicolai e Lupo.
A última vez que os homens chegaram ao topo do pódio foi em Atenas-04. Em Londres-12, Alison chorou ao receber a medalha de prata. "Não deu o ouro, mas perdemos como guerreiros", disse após a derrota na final.
Quatro anos depois, Alison se diz mais maduro, mas com a força de guerreiro redobrada. "Não é fácil entrar com a obrigação de ganhar medalha. A gente reverte essa pressão na forma de jogar, jogando como quem se diverte. Mas lutando sempre."
A dupla brasileira vai disputar a final na madrugada desta quinta para esta sexta (19), a partir de 23h59.
Alison afirmou que desde 2012 sente-se cobrado pela derrota na final olímpica. Para Bruno, controle da emoção e mentalização do resultado serão essenciais para o ouro.
"Em um determinado momento, o jogo fica muito mental. É preciso controlar as emoções. Você joga de uma forma que não é seu normal. Aí vem o preparo mental."
Com 15 anos de carreira, o capixaba Alison, tem 2,03 m e pesa 102 kg. "Há dez anos, eu já era grande e forte, mas era lento. Um amigo não perdoou: você parece um mamute." Alison aceitou o apelido, e até o tatuou no corpo. "Quem diria que o mamute pode ser campeão olímpico?"
Para complementar a emoção e o tamanho do mamute, a dupla conta com a magia de Bruno. O brasiliense tem 85 kg e 1,85 m de altura. Sua altura sempre foi questionada para o esporte, mas sua habilidade nas defesas deram origem à alcunha de "mágico".