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'Labrador humano', ex-tenista Guga é o campeão de popularidade nos Jogos

Uma caminhada no Parque Olímpico que nós, humanos, levaríamos dois minutos para fazer, Guga, o "labrador humano", faz em 20.

Foi esse o tempo que levou para o tricampeão de Roland Garros e atual campeão de memes Gustavo Kuerten atravessar os cem metros que separam o ponto de onde desembarcou do transporte da Rio-2016 até o estúdio da Rede Globo, no parque.

Na noite daquela terça (16), Guga estava escalado para acompanhar o boxe na cobertura olímpica da emissora.

Guga estreou nos Jogos como condutor da tocha na cerimônia de abertura. Depois, como comentarista, passou a ser visto com frequência pelo Parque Olímpico. Foi o suficiente para atrair uma romaria de fãs para a base da Globo, no centro do parque.

Sempre sorridente e atencioso com os fãs, foi batizado nas redes sociais de "labrador humano", referência à raça canina. O apelido colou.

O ex-tenista não completou o quinto passo dentro do parque e o primeiro torcedor se manifestou. "Guga labrador!", disse o rapaz.

Ele cruzou a barreira de quatro seguranças em torno de Guga, ficou na ponta dos pés para chegar perto do 1,91 m do ex-tenista, pendurou-se no pescoço do "muso" do Parque Olímpico e sacou seu telefone para a selfie.

Quem trabalha na Globo conta que todos os atletas e apresentadores que chegam causam certo auê. Com Guga, no entanto, a proporção da tietagem é muito maior.

Na medida em que ele caminhava, o número de fãs aumentava progressivamente ao redor do ídolo.

Diante da rampa do estúdio, uma multidão gritava em coro: "Olê! Olê! Olê! Olá! Gugaaa! Gugaaaa!".

"Guga, manda um beijo para a sua mãe", disse uma senhora. "Sou Avaí", disse um menino bem informado sobre a vida do catarinense, em referência ao clube de Florianópolis pelo qual ele torce.

"Você é muito paciente e muito educado", elogiou uma senhorinha após o próprio Guga tirar a selfie dos dois.

Pouco antes de entrar no ar, ele disse à Folha que considera "regular" o desempenho do Brasil na Olimpíada. "Tivemos boas surpresas. O difícil é o nosso atleta que tem certo favoritismo encarar jogar em casa. Estamos tendo mais sucesso com atletas com poucas expectativas, que correm por fora e usam essa energia para surpreender", avaliou o comentarista, ou, como ele se descreve, "torcedor profissional do Brasil".

Guga tem comentado sobre tudo, do tênis ao atletismo, que ele resumiu assim: "O que eu sei do atletismo é: o Bolt corre, o Bolt ganha".

"Às vezes não tenho nada para falar de específico, tento acrescentar um lado mais emocional, sentimental. Tento fazer com que entendam o esporte para além do perder e vencer. O Bolt é um cara inigualável, mas o que ele fez para chegar lá? Não é de uma hora para a outra."

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