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Seleção feminina de futebol comemora estabilidade, mas teme falta de renovação

Assim como em outras edições das Olimpíadas em que as jogadoras brasileiras mostraram potencial para disputar a medalha de ouro e pararam pelo caminho, o tema da falta de apoio às profissionais volta à baila.

Momentos antes do confronto com as canadenses nesta sexta-feira (19) (com transmissão de Band, Globo, Fox Sports 2 e SporTV 3), no Itaquerão, em partida que vale a medalha de bronze, o técnico Vadão exalta o projeto da seleção permanente (no qual as jogadoras recebem salários fixos da CBF e treinam nas instalações da Granja Comary), mas lamenta as dificuldades para renovar o grupo.

"Ficou provado que, se o futebol feminino tiver apoio, como foi o da CBF na seleção permanente, a mulher é capaz de mostrar a evolução que a gente gostaria. A reposição para a gente é lenta. Porque tem poucas atletas jogando o futebol feminino", afirma o treinador.

Ao se olhar para as principais jogadoras do time é possível entender a preocupação de Vadão. Marta terá 34 anos em 2020, quando acontecerá a Olimpíada de Tóquio, ao passo que Cristiane terá 35. Formiga terá 42 anos.

Até o momento, nenhuma jogadora do time despontou tanto quanto as três, o que pode gerar um vácuo técnico na seleção por certo tempo.

Coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha aposta na zagueira Rafaelle, 25, do Changchun (China) e na meia-atacante Andressinha, 21, do Houston Dash (EUA), como futuras referências.

"Quando começamos o projeto da seleção permanente, só havia duas ou três atletas fora do país. Agora, após os Jogos, serão praticamente 20, porque elas voltaram a chamar a atenção. Vamos evoluir sem nos prender a nomes", explica à Folha.

Quase todas as 18 jogadoras da atual seleção passaram pelo grupo permanente, mas atualmente apenas cinco delas continuam no grupo: as goleiras Bárbara e Aline; a zagueira Bruna e as meias Formiga e Thaisa.

"O esporte é recente nas Olimpíadas, começou em 1996, e estamos tentando superar uma defasagem enorme em relação ao exterior. Nos EUA, as jogadoras começam com oito anos de idade. Aqui, só achamos garotas de 14, 15. A medalha de ouro não chegou por uma eventualidade, a campanha não pode ser vista como fracasso", completa.

OURO

Também nesta sexta (19), Suécia e Alemanha disputam a medalha de ouro no Maracanã (17h30, com Band e ESPN +).

A Alemanha tem três medalhas de bronze na competição, enquanto a Suécia conseguiu no máximo um quarto lugar.

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