Se o Brasil encara a final olímpica contra a Alemanha, às 15h30 deste sábado, no Maracanã, como uma forma de espantar o fantasma do 7 a 1 da Copa, os alemães têm objetivos diferentes.

A medalha de ouro é uma meta em comum, claro, já que ambas as equipes não têm o ouro nas Olimpíadas. Desde a reunificação do país europeu, em 1990, os alemãs nunca chegaram a uma final do torneio olímpico de futebol. O único título foi em Montreal-76, obtido pela Alemanha Oriental.

Enquanto o Brasil tenta, com a oportunidade, se reafirmar como potência no futebol mundial, a Alemanha usa a Olimpíada do Rio para dar estofo a sua seleção de base, já que grandes nomes do time principal, como o meia Podolski e o atacante Schweisteiger, anunciaram recentemente a aposentadoria da equipe nacional.

A Alemanha abriu mão de levar ao Rio astros de sua equipe principal, como Müller, Lahm e Götze, que poderiam integrar a equipe entre as exceções acima de 23 anos.

Já o Brasil levou sua maior estrela, Neymar, 24, além de Renato Augusto, 28, e o goleiro Fernando Prass, 38, substituído por Weverton, 28, após lesão.

As exceções por idade da Alemanha são os irmãos Lars e Sven Bender, 27, volantes, e o atacante Nils Petersen, 27, que joga no clube Freiburg e nunca atuou pela seleção principal.

Somente o zagueiro Matthias Ginter, 22, presenciou do banco a goleada na Copa. Durante treino nesta sexta-feira (19), ele disse que os atuais jogadores não se sentem compelidos a repetir o feito de dois anos atrás.

"A nossa equipe tem atletas com boa experiência, acostumados a jogar partidas de alto nível, mas são times diferentes, momentos completamente diferentes", disse.

Será um duelo do melhor ataque —alemãs fizeram 21 gols no torneio— contra a melhor defesa —Brasil não tomou gol na Olimpíada. O capitão do time, o meia atacante Max Meyer, 20, diz que se preocupa com o Maracanã cheio e a pressão da torcida caso os brasileiros abram o placar logo no início do jogo.