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Sem título da NBA, Carmelo Anthony vira um obsessor por ouro olímpico

Muitos jogadores dos Estados Unidos disseram não à Olimpíada do Rio, como o ala LeBron James, do Cleveland Cavaliers, e o armador Stephen Curry, do Golden State Warriors. Mas o técnico da equipe, Mike Krzyzewski, tem uma certeza absoluta: enquanto Carmelo Anthony, 32, estiver em forma, pode contar com ele.

O ala do New York Knicks tentará neste domingo (21), a partir das 15h45 (de Brasília), conquistar a sua quarta medalha olímpica. Ele já ganhou dois ouros (em Pequim-2008 e em Londres-2012) e um bronze (em Atenas-2004). Se for campeão no Rio, se tornará o primeiro jogador de basquete dos Estados Unidos a ganhar três medalhas de ouro.

Jim Young/Reuters
2016 Rio Olympics - Basketball - Preliminary - Men's Preliminary Round Group A Australia v USA - Carioca Arena 1 - Rio de Janeiro, Brazil - 10/08/2016. Carmelo Anthony (USA) of the USA celebrates a three point shot. REUTERS/Jim Young FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. ORG XMIT: MJB80
Carmelo Anthony durante jogo contra a Austrália nos Jogos do Rio

Dream Team e Sérvia, que eliminou a Austrália, fazem a final da modalidade a partir das 15h45 (de Brasília), na Arena Carioca 1.

"Nós estamos aqui apenas pela medalha de ouro. Não queremos nada abaixo disso", disse Anthony logo depois da vitória da sua seleção sobre a Espanha, na sexta-feira (19).

O ala dos Knicks é da mesma geração de LeBron. Ambos foram escolhidos no draft (seleção de calouros) de 2003. Eram os nomes mais cobiçados pelas franquias. LeBron foi a primeira escolha, enquanto Anthony, que saiu da universidade de Syracuse, o terceiro. Acabou selecionado pelo Denver Nuggets.

LeBron se tornou um verdadeiro astro. Ganhou dois títulos da NBA pelo Miami Heat. Em 2015, voltou para Cleveland. Na temporada 2015/16, levantou o troféu da liga pela terceira vez na sua carreira.

Já Anthony nunca chegou à final do campeonato. O máximo que ele conseguiu até aqui foi uma decisão de conferência, em 2008/09, quando perdeu para o Los Angeles Lakers.

Em 2010/11, o jogador se transferiu para os Knicks, onde tampouco teve sucesso, muito por causa da fragilidade do time.

Apesar disso, ele não sente nenhuma frustração. Muito pelo contrário. Mostra-se orgulhoso pelas medalhas conquistadas para os Estados Unidos.

"Sou um privilegiado por poder jogar uma Olimpíada. E muito mais por ter ganhado três medalhas de ouro. No fim da minha carreira, vou poder ver que tive muitas conquistas com a minha seleção. Eu me sinto orgulhoso por isso", disse Anthony.

Na Rio-2016, o jogador é o segundo cestinha do Dream Team. Tem 12,9 de média de pontos por partida. Só está atrás do ala Kevin Durant (17,9).

Contra a Austrália, na primeira fase, Anthony marcou 31 pontos e se tornou o maior cestinha dos Estados Unidos em Olimpíadas. Passou LeBron, que tinha 273. Atualmente, ele tem 329 –ainda está longe de passar o maior cestinha dos Jogos, Oscar Schmidt, com 1.093.

Atleta mais velho do grupo que está no Rio, o ala virou uma peça-chave para Krzyzewski, que não economiza elogios para o seu comandado.

"Anthony é um dos melhores jogadores do mundo. Tem um talento incrível e é o nosso líder tanto dentro como fora da quadra. Podemos sempre confiar nele", afirmou o treinador.

No Rio, o jogador até saiu do transatlântico em que o Dream Team está hospedado para visitar uma favela da cidade (o Morro Dona Marta). Chegou a jogar basquete com algumas crianças.

Não por acaso, ele é um dos jogadores mais festejados pela torcida brasileira quando entra em quadra. "Amo essa atmosfera da torcida", disse.

No domingo, ele pode ser ainda mais cortejado quando terminar a partida contra a Sérvia.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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