Weverton foi para debaixo da baliza do Maracanã para a disputa de pênaltis com um currículo invejável: o de maior pegador de penalidades no Brasileiro 2015, três defesas por seu time, o Atlético-PR.

Na quinta cobrança alemã, de Petersen, um dos três rivais com idade acima dos 23 anos, Weverton, 28, defendeu. E o técnico Rogério Micale deve ter agradecido muito em pensamentos seu amigo Paulo Autuori, técnico do time paranaense.

Foi Autuori, uma espécie de mentor de Micale, quem disse para o técnico do Brasil olímpico levar Weverton para a vaga de Fernando Prass. O goleiro do Palmeiras, que também é bom de pegar pênaltis, foi cortado da Olimpíada quatro dias antes da estreia do Brasil, devido a uma fratura no cotovelo.

O substituto seria titular, já que o reserva, Uilson, 22, do Atlético-MG, não joga regularmente em seu clube, e foi chamado por ter idade olímpica (sub-23).

Weverton entrou sem ter participado de nenhum jogo preparatório da seleção olímpica para virar o titular em uma campanha que prometia ser difícil.

Chegou à final sem ter sofrido nenhum gol. Após a conquista, afirmou que a defesa da cobrança alemã aconteceu depois de ter estudado o histórico do rival.

"A CBF me passou os pênaltis de todos os alemães, estudei de todos. Mas o 18 [Petersen] tinha oito pênaltis no vídeo que vi, e era quatro chutes para a direita e quatro na esquerda. Então na hora ali precisei escolher e acertei", disse o goleiro.

A CBF me passou os pênaltis de todos os alemães, estudei de todos. Mas o 18 [Petersen] tinha oito pênaltis no vídeo que vi, e era quatro chutes para a direita e quatro na esquerda. Então na hora ali precisei escolher e acertei"

	Bruno Kelly/Reuters
	Weverton defende pênalti que garantiu o ouro para o Brasil

CARREIRA

Nascido em Rio Branco, no Acre, Weverton fez com que o Estado do Norte do país ganhasse seu único representante na Rio-2016. Neste sábado, comemorou a conquista com a bandeira acreana.

O goleiro começou no Juventus-AC. Após disputar a Copa São Paulo de Juniores de 2006 foi contratado pelo Corinthians.

Promovido ao profissional em 2007, com 20 anos, nunca se firmou no clube paulista. Não disputou nenhuma partida no equipe profissional corintiana.

Então, Weverton rodou o Brasil, emprestado ao Remo (PA), Oeste (SP), América (RN) e Botafogo de Ribeirão Preto. Depois passou por pela Portuguesa, onde se destacou e foi contratado pelo Atlético-PR, clube pelo qual já fez 222 partidas.