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Na final do futebol, até os alemães torceram para o Brasil

Se dependesse dos alemães, a vitória seria mesmo do Brasil. Foi com esse espírito generoso que a maioria dos torcedores rivais, ouvidos pela reportagem, acompanhava o jogo na Casa da Alemanha, localizada num dos mais bonitos cartões postais do Rio, a praia do Leblon. "Vocês merecem ganhar, nós já temos a Copa do Mundo. Hoje nosso coração é brasileiro", disse a alemã Josina Henke, 24, estudante.

Nem mesmo quando as vaias do público começaram, depois do gol da Alemanha, ela mudou de opinião. "É natural, nos sentiríamos da mesma forma", emendou, entre um gole e outro de caipirinha. "Mais seis, mais seis, mais seis", gritava a torcida. A pesquisadora Lisa Henke, 33, sorria com o clima de competição. "Tem vários brasileiros torcendo pela Alemanha também. Está maravilhoso, não poderia haver um lugar melhor para essa celebração."

Apesar da bandeira preta, vermelha e amarela tremulando no alto do casa, com o Cristo Redentor ao fundo, o colorido na areia era quase todo verde e amarelo. E as apostas também. "Acho que será 2 ou 3 a 1 para o Brasil", disse o cônsul-geral da Alemanha Harald Klein, testemunha do 7 a 1, há dois anos, quando o país montou seu quartel-general na praia do Leme. "Quisemos repetir a experiência de ter um lugar alemão com o espírito do Rio."

Com a camisa da seleção brasileira e bandeirinha da Alemanha, o engenheiro Andreas Blatt, 32, ficou surpreso com a invasão brasileira. "Esperava ver mais conterrâneos aqui, mas foi saudável e eu estou feliz pela vitória do Brasil. É importante para melhorar o ambiente em que vivemos", disse ele, que mora no Rio faz um ano.

Se no começo a postura dos anfitriões da Olimpíada era de revanche, no final do jogo os brasileiros entraram no clima dos anfitriões da casa, que era apenas de diversão.

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