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Polícia Federal realiza operação contra fraudes de até R$ 30 mi em confederações

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (24) operação contra uma quadrilha suspeita de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos que o Ministério do Esporte passou às confederações de taekwondo e de tiro esportivo.

Os contratos com as duas entidades –cujos esportes conquistaram medalhas para o Brasil na Rio-2016– totalizam cerca de R$ 3 milhões.

Dados da CGU (Controladoria Geral da União) mostram que o convênio previa compra de kits de treinamento para 15 federações estaduais, mas apenas nove receberam material.

A operação deteve preventivamente o empresário Sérgio Luiz Borges, 59, dono da empresa SB Marketing e ex-diretor da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) durante a gestão de Ary Graça.

Borges é suspeito de direcionar licitações da Confederação Brasileira de Taekwondo para beneficiar sua empresa. É suspeito de formação de quadrilha, peculato (desvio de recursos públicos) e falsificação de documentos.

O presidente da confederação de taekwondo, Carlos Fernandes, foi afastado.

Editoria de Arte/Folhapress
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Esquema de fraudes

Outros 14 convênios são investigados pela PF e envolvem o repasse de R$ 26 milhões para outras confederações e clubes –contratos com as confederações de tiro com arco, esgrima e vôlei sentado (paraolímpico).

O direcionamento para a SB Marketing consistia em comunicar Sérgio Borges até sobre as ofertas feitas pelos concorrentes para que a SB apresentasse a melhor proposta.

Quando a licitação existia, a SB Marketing disputaria contra empresas que estavam em nome de seus funcionários ou de pessoas ligadas à confederação de taekwondo. Essas pessoas entravam na disputa apenas para validar a liberação de dinheiro.

Policiais federais cumpriram mandados de busca no Rio, em Belo Horizonte, em Manaus e em Caxias do Sul (RS) em escritórios e residências de pessoas suspeitas de atuarem para a quadrilha.

OUTRO LADO

As irregularidades nos convênios foram noticiadas pela TV Globo em julho. Na ocasião, o Ministério do Esporte havia dito que identificou "irregularidades no convênio celebrado com a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) e que colabora com as investigações".

A CBTKD afirmou que as acusações são infundadas e que colabora com as investigações da PF.

A Confederação Brasileira de Tiro Esportivo informou que "a atual administração da CBTE tem todo o interesse de esclarecer os fatos"

A SB Marketing, de Sérgio Borges, afirma não ter envolvimento com irregularidades.

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