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Após perder contratos, Lochte será garoto propaganda de pastilha contra a tosse

Após perder quatro patrocinadores, o nadador norte-americano Ryan Lochte, 32 anos, acertou um acordo publicitário com uma empresa que fabrica balas contra a tosse. A Pine Bros Softish Throat Drops informou ter contratado Lochte, 12 vezes medalhista olímpico, para um comercial na televisão e para anúncios impressos.

Na última semana, o medalhista olímpico pediu desculpas por ter, segundo ele, "exagerado" no relato sobre incidente em que se envolveu na noite do Rio de Janeiro. A marca de materiais esportivos de natação Speedo USA, a empresa de estética Syneron Candela, a marca de roupas Ralph Lauren e a fabricante de colchões Airweave anunciaram que não apoiarão mais o atleta.

"Todos cometemos erros, mas raramente eles são analisados nas primeiras páginas dos jornais", disse o presidente-executivo da Pine Bros Softish Throat Drops, Rider McDowell, em comunicado divulgado nesta quinta.
"Estou confiante de que os fãs da Pine Bros vão apoiar nossa decisão de dar uma segunda chance a Ryan", disse.

Nesta quinta, Lochte foi indiciado pelo delegado Clemente Braune da Deat, da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, sob suspeita de "falsa comunicação de crime" ao alegar ser vítima de assalto durante a Rio-2016. O caso foi encaminhado nesta quinta (25) ao Ministério Público do Rio.

No inquérito, a Polícia Civil sugere à Justiça que emita carta rogatória ao atleta para que ele compareça diante de um juiz no Brasil. Caso não compareça, Lochte será julgado à revelia. Cópias do inquérito serão enviados à Comissão de Ética do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A pena prevista para casos de falsa comunicação de crime é de seis meses a um ano de prisão. Porém, em geral, ela é convertida em prestação de serviços à sociedade e multa.

O nadador James Feigen, 26, que também mentiu em seu depoimento à polícia sobre o falso assalto, precisou pagar uma multa de R$ 50 mil para ter o passaporte de volta e assim poder deixar o país. Por aceitar a transação penal, Feigen não foi indiciado.

Os outros dois nadadores americanos envolvidos na história: Gunnar Bentz, 20, e Jack Conger, 21, foram liberados após prestarem depoimento e confirmarem de que Ryan Lochte inventou o assalto.

ENTENDA O CASO

A polêmica envolvendo quatro nadadores dos EUA começou durante a Olimpíada do Rio, quando Lochte afirmou ter sido assaltado na madrugada, quando voltava à Vila Olímpica depois de sair de uma casa temática da França na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Ele estava acompanhado por outros três nadadores: Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen.

Três dias depois, a Justiça do Rio entendeu que havia divergências nos relatos dos atletas e determinou a apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Com a medida, eles estariam impedidos de sair do Brasil. Lochte, porém, já havia deixado o país 24h antes do impedimento da Justiça.

Câmeras de segurança do posto gravaram o ocorrido. As imagens foram exibidas pela TV Globo.

Veja

Os policiais concluíram que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila Olímpica e que não houve um assalto.

O comitê olímpico dos EUA e Ryan Lochte pediram desculpas ao Brasil.

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