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Clodoaldo Silva se despede dos Jogos Paraolímpicos com prata

Uma mistura bem brasileira e com a cara da diversidade paraolímpica marcou a noite desta sexta (9) no Estádio Aquático, no Rio. A prata conquistada pelo Brasil no revezamento 4 x 50 m livre misto teve também sentido de homenagem e despedida das piscinas do nadador multicampeão Clodoaldo Silva, 37.

"Eu saio feliz e um pouco emocionado. Não por causa da medalha, mas porque fizemos algo positivo. Toda uma arquibancada gritando o meu nome é uma emoção que vai ficar para sempre", disse Clodoaldo ao SporTV.

O nadador foi ovacionado e, ao receber a medalha no pódio, ganhou um forte abraço de Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, que chorou.

"O Clodoaldo é uma página do esporte paraolímpico brasileiro e fico muito feliz de ele estar saindo com uma medalha", afirmou Parsons.

Ide Gomes/FramePhoto/Folhapress
Daniel Dias, Joana Maria Silva, Clodoaldo SIlva e Edenia Garcia ganham a prata no revezamento 4x50 m livre, na Paraolimpíada do Rio
Daniel Dias, Joana Maria Silva, Clodoaldo SIlva e Susana Ribeiro ganham a prata no revezamento 4x50 m livre, na Paraolimpíada do Rio

A equipe nacional contou também com Daniel Dias, 27, que fechou a prova com o tempo de 2min25s55, quase oito segundos atrás da China, que quebrou o recorde mundial da disputa.

Para Parsons, não houve surpresa no desempenho chinês, mesmo o Brasil sendo o atual campeão mundial.

"A China se fecha por quatro anos e ninguém sabe que estratégia está elaborando. Eles só participam com o time principal em competições de classificação. Mas sempre chegam com muita força."

Completaram a equipe o "Tubarão", apelido de Clodoaldo, o primeiro a entrar na água -e que saiu dela na liderança; Joana Silva, 29, que deixou a disputa em segundo; e Susana Ribeiro, 48.

O público que estava na arena estampava alegria, surpresa e comoção com o time brasileiro, uma vez que as deficiências do grupo formavam uma mistura pouco vista pelas ruas do país.

Daniel, paulista, não tem uma perna e parte dos dois braços; Joana, potiguar, tem nanismo; Clodoaldo, também do Rio Grande do Norte, teve paralisia cerebral; e Susana, gaúcha, tem uma doença degenerativa que causa múltiplas falências corpóreas.

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