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Presidente do COI, Bach não virá ao encerramento da Paraolimpíada do Rio

Laurent Kalfala/AFP
IOC President Thomas Bach speaks during the traditionnal end of the Games press conference on August 20, 2016 in Rio de Janeiro on the eve of the closing ceremony of the Rio 2016 Olympic games. IOC president Thomas Bach said Saturday that the troubled Rio Olympics, marked by financial crisis and empty stadiums, have been "iconic" and Brazil have been "great" hosts. / AFP PHOTO / Laurent KALFALA
O presidente do COI, Thomas Bach, em entrevista coletiva durante os Jogos Olímpicos do Rio

O COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou à Folha que seu presidente, o alemão Thomas Bach, não virá ao Brasil para a cerimônia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos do Rio.

A festa no Maracanã será realizada neste domingo (18), a partir das 20h. Bach já havia sido ausência na cerimônia de abertura no evento, no último dia 7.

Desde 1984 era praxe que o mandatário do COI marcasse presença na abertura paraolímpica. Os Jogos Paraolímpicos são realizados pelo Comitê Paralímpico Internacional.

Oficialmente, o europeu dera como alegação para a ausência o funeral do ex-presidente da Alemanha Ocidental Walter Scheel.

Porém, o nome de Bach está envolvido em uma investigação da polícia do Rio e do Ministério Público Federal ligada a venda ilegal de ingressos.

Bach teria trocado e-mails e conversado com o irlandês Pat Hickey, presidente do comitê olímpico de seu país, que é suspeito de ser um dos articuladores da comercialização ilegal de tíquetes e foi preso na cidade em agosto –depois, foi liberado em razão de sua idade (71), mas teve o passaporte retido e precisou prestar depoimento.

O irlandês teria obtido 296 ingressos adicionais em relação aos que já dispunha. A polícia, que obteve a informação por meio de e-mails interceptados, investiga a procedência e a destinação dos bilhetes.

Hickey poderia pegar de oito a dez anos de prisão, caso condenado.

As autoridades brasileiras gostaria de ouvir Bach como testemunha do caso.

"Queremos ouvir Thomas Bach como testemunha, pois seu nome aparece citado em dois e-mails e queremos esclarecer algumas dúvidas", disse Ronaldo Oliveira, oficial da Polícia Civil do Rio, em coletiva de imprensa na quinta-feira (8).

O COI disse que não há viagens previstas de Bach ao Brasil nos próximos tempos. À Folha, o comitê disse que seu presidente tem "compromissos de longa data que não o permitem ir aos Jogos Paraolímpicos".

Ainda assim, as autoridades nacionais podem intimar o alemão a dar depoimento, mesmo que no exterior. Para colhê-lo, no entanto, seria necessário um arranjo internacional.

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