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Mesmo com chance irrisória, comitê crê que Brasil fica no top 5 na Paraolimpíada

Mesmo com a queda do Brasil do quinto para o sétimo lugar no quadro de classificação, o Comitê Paralímpico Brasileiro diz acreditar em uma arrancada que possa fazer o país voltar ao top 5. Ficar entre os cinco primeiros, pelo total de ouros, é a meta traçada pelo CPB para os Jogos do Rio.

Em resposta a solicitação da Folha sobre a possibilidade de o objetivo não ser atingido, o departamento de comunicação do CPB disse que, "a três dias do fim, o comitê ainda acredita ser possível o quinto lugar". A entidade não especificou como isso pode ser viabilizado.

Matematicamente, é possível, já que o Brasil participará de ao menos 50 competições até domingo (18), último dia da Paraolimpíada. Brasileiros ainda competem em esportes como natação, atletismo, esgrima, hipismo, vôlei, futebol, tiro com arco e vela. Mas o cenário é amplamente desfavorável.

Para o país passar Austrália (quinta colocada) e Alemanha (sexta), será preciso a somatória, altamente improvável, de três fatores: os medalhões do Brasil triunfarem, a ocorrência de resultados não esperados, ou seja, vitórias de esportistas pouco ou nada conhecidos, e que os atletas rivais deixem de ganhar ouros.

Os australianos iniciaram a sexta (16) com 14 ouros; os alemães, com 12; o Brasil, que se manteve no top 5 até terça (13), com 10 – faz dois dias que o país não ganha uma medalha dourada. Em Londres-2012, mesmo com um investimento inferior à metade do deste ciclo paraolímpico, o Brasil amealhou 21 ouros.

QUEM TEM CHANCE

O nadador Daniel Dias, 28, principal para-atleta brasileiro na história, com 21 medalhas (12 de ouro, sendo duas no Rio), ainda disputa três provas, os 50 m costas, os 100 m livre e o revezamento 4 x 100 m medley. Dias é deficiente físico: não tem partes dos dois braços e de uma das pernas.

No atletismo, Terezinha Guilhermina, 37, zerada em ouros no Rio depois de ser desclassificada tanto nos 100 m (foi acusada de ser puxada pelo guia) como nos 200 m (queimou a largada), tem chance de triunfar nos 400 m. Deficiente visual, Terezinha tem três ouros em Paraolimpíadas, um em Pequim-2008 e dois em Londres-2012. No Rio, ela tem uma prata –integrou o revezamento 4 x 100 m que conquistou a prata.

O futebol de 5, para deficientes visuais, disputa a final contra o Irã, neste sábado (17). A seleção brasileira ganha o ouro desde que o esporte passou a integrar o programa olímpico, em Atenas-2004.

Mesmo se Dias e Terezinha ganharem suas provas individuais e se o futebol de 5 confirmar seu favoritismo, serão apenas mais quatro ouros, insuficientes para cumprir a meta.

O CPB informou que no domingo fará um balanço da atuação do Brasil na Rio-2016. O país compete em casa com o maior número de atletas (288) e a maior quantia de dinheiro investido (R$ 375 milhões) na história.

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