** Adendos **


Leia aqui comunicados de padronização emitidos pela Secretaria de Redação da Folha após a última edição do "Novo Manual da Redação".



Polícias - Como são instituições, Polícias Militares e Polícias Civis devem ser grafadas em caixa alta e baixa, mesmo no plural.

Recurso da decisão -2 - De acordo com as regras de regência nominal, está errado escrever "não cabe recurso à decisão", a propósito de determinações da Justiça que não dão margem a contestação. "Não cabe recurso contra a decisão", "não cabe recurso da decisão" e "não cabe recorrer da decisão" são construções corretas.

Zoneamento - A Prefeitura de São Paulo passou a adotar uma nova distribuição dos bairros da cidade por regiões, que agora são sete. Não há mais, na divisão oficial, a zona oeste. Foram criadas as zonas sudoeste, noroeste, central e sudeste.Em razão disso, a Folha decidiu alterar a norma estabelecida em seu "Novo Manual da Redação", à pág. 240, e incorpora à sua padronização a regra da administração municipal.
A partir da divulgação deste comunicado, o Controle de Erros passará a registrar como erro a identificação de um bairro de São Paulo que não siga distribuição que pode ser observada no mapa anexo.

Unidades de medida - O "Novo Manual da Redação" não traz uma regra precisa para a grafia de unidades de medida. Em razão disso, a Folha passa a adotar em sua padronização a norma utilizada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que segue o modelo internacional.
Segundo essa regulamentação, quando as unidades de medidas são escritas por extenso, elas devem ser grafadas em caixa baixa (exemplo: metro, watt, joule, volt, quilograma etc.).
As abreviações (símbolos) seguem dois critérios:
1) Se o nome da unidade de medida é uma homenagem a um cientista, ela deve ser grafada em caixa alta: watt, por exemplo, abrevia-se W;
2) Se o nome da unidade de medida é decorrente de uma convenção, ela deve ser grafada em caixa baixa: metro, por exemplo, tem como símbolo o m.
A tabela abaixo apresenta as grandezas mais usuais e suas respectivas unidades de medida:

GRANDEZA NOME DA UNIDADE SÍMBOLO
Comprimento/espaço metro m
Tempo segundo s
Massa quilograma kg
Frequência hertz Hz
Força newton N
Potência/fluxo de energia watt W
Corrente elétrica ampère A
Tensão elétrica volt V
Temperatura grau Celsius ºC

Empresa Folha da Manhã S. A
. - O nome oficial da empresa que publica a Folha é Empresa Folha da Manhã S. A., e não S/A, como está na versão atual, em papel, do "Novo Manual da Redação"

Interino - A Folha utiliza a expressão interino ao se referir a alguém que esteja ocupando cargo em caráter temporário. Exemplo: presidente interino, governador interino etc.. Nunca use a expressão em exercício.Ver verbete interino na pág. 82 do "Novo Manual da Redação".

Universo Online - A grafia da empresa do Grupo Folha e do Grupo Abril na internet é Universo Online.

Fundação - Atenção para o nome que estamos escrevendo erradamente:
Procon: Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (houve mudança no nome, que era Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor - favor alterar o significado da sigla no manual).

Aids e os doentes de Aids - Deve ser evitado o termo aidético. Os termos corretos são: soropositivo ou portador do HIV (tanto para quem tem o vírus como para quem está doente) ou doente de Aids (somente para quem tem já está desenvolvendo doenças oportunistas relacionadas à Aids).

Colocação de pronomes - O "Novo Manual da Redação" recomenda o uso do pronome antes do verbo (próclise), porque é o que mais se aproxima da linguagem coloquial.Mas a regra não vale para início de períodos. Nesse caso, o pronome deve vir depois do verbo.
Exemplos:

ERRADO CERTO
Me parece que está chovendo. Parece-me que está chovendo.
Se sabe que haverá guerra. Sabe-se que haverá guerra.
Se dá bem em climas frios. Dá-se bem em climas frios ou
Cresce bem em climas frios ou
Gosta de climas frios etc.
Em caso de dúvida, consulte a central de dúvidas (ramal 3881).

Hífen - Embora a norma culta determine que o travessão seja usado em trajetos, a Folha, por padronização, usa hífen. Exemplos: rodovia Mogi-Bertioga, ponte Rio-Niterói, vôo Belém-Brasília

Nome próprio - Nomes próprios podem ser grafados com ou sem "s" no final. Exemplos: 10 mil Fuscas, 2.000 Opala. O importante é que, numa mesma reportagem, seja adotada apenas uma forma.

Colocação de pronomes -2 - A Folha admite colocar o pronome intercalado em locuções verbais (verbo + verbo) com palavra atrativa (que, não, quando, embora, porque etc.), embora a norma culta proíba essa opção.
Exemplo: "Disseram que ele teria se suicidado" em opção a "Disseram que ele se teria suicidado", como manda a norma culta.
Nos outros casos, continua sendo obrigatória a colocação do pronome antes do verbo quando houver palavra atrativa:"Disseram que ele se suicidou" e nunca "Disseram que ele suicidou-se".

Defesa do consumidor - Nas reportagens envolvendo denúncias de consumidores, é recomendável ouvir sempre uma entidade de direito do consumidor. Dessa forma, pode ser avaliada melhor a importância da reclamação e evitar parcialidade. Ouvir o outro lado e editá-lo com destaque é obrigatório.

Acusação criminal - Nunca escreva "indiciado por". Sempre escreva "indiciado sob acusação de". A Constituição garante que todos devem ser considerados inocentes até que sua culpa seja estabelecida pela Justiça. A Folha não endossa acusação criminal, mesmo da polícia, enquanto não for confirmada por sentença judicial definitiva. Até então, a pessoa sobre quem recaia suspeita é tratada como acusada ou suspeita ("Novo Manual da Redação", pág. 49).

Justiça - A padronização do manual, que determina que Justiça seja grafada em caixa alta quando se refere ao Judiciário, deve ser seguida também quando se trata de profissões: oficial de Justiça, promotor de Justiça, procurador da Justiça.

Rombo - A palavra "rombo" tem sido usada como sinônimo de patrimônio líquido negativo, prejuízo e até passivo de uma empresa ou órgão público. "Rombo" deve ser usado apenas para caracterizar patrimônio líquido negativo. Patrimônio líquido significa a diferença entre os ativos (tudo que um banco, empresa ou órgão público possui ou tem a receber) e os passivos (todos os compromissos e dívidas). Se é negativo, significa que a empresa ou banco quebrou. Exemplo: o patrimônio líquido do banco Nacional ficou negativo em R$ 5,7 bilhões.
Prejuízo significa que uma empresa ou banco gastou mais do que arrecadou durante um determinado período. Uma empresa pode ter prejuízo durante muito tempo e continuar com o patrimônio líquido positivo. Exemplo: o Banco do Brasil teve prejuízo de R$ 4,2 bilhões em 95, mas seu patrimônio líquido era de R$ 3,5 bilhões. Como dizer que o BB tem um "rombo" de R$ 4,2 bilhões?
Passivo também não pode ser chamado de "rombo", porque todas as pessoas, empresas, bancos e governos têm passivos (dívidas e compromissos). No caso de um banco, por exemplo, os depósitos dos clientes em contas correntes, cadernetas de poupança e aplicações são contabilizados no passivo. O que é relevante é verificar se há ativos suficientes para cobrir os passivos (de novo, volta-se ao conceito de patrimônio líquido).
Déficit público se refere às contas da União, dos Estados, dos municípios e das estatais como um todo. Às vezes é confundido com o déficit federal (apenas da União). É importante explicar de qual déficit se está falando.
Dívida pública se refere à soma das dívidas interna e externa da União, dos Estados, dos municípios e das estatais como um todo. É comum os jornais dizerem que a "dívida pública aumentou no mês passado", referindo-se apenas à dívida interna federal.
Programa de incentivo às fusões bancárias: é errado dizer que o Proer só vale para bancos privados, como muitos críticos e economistas acreditam e alguns jornais repetem. Na MP do Proer está claro que qualquer banco pode recorrer ao programa, desde que mude seu controle acionário. Essa condição de fato espantou a maioria dos bancos estaduais, mas, em tese, eles podem usar o Proer.
Se necessário mencionar a origem do dinheiro do Proer, deve ser atribuída a informação ao governo: "Segundo o governo, o dinheiro vem dos depósitos que os bancos fazem compulsoriamente no Banco Central". A questão é controversa (para se ter uma idéia, o Proer, em determinado momento, havia liberado R$ 52 bilhões e o volume de compulsórios no BC não se alterara até então).

Siglas - O "Novo Manual da Redação" tem dois erros na seção de siglas, ambos na página 258:
a) em PUC-SP, leia-se Pontifícia Universidade Católica (está escrito "Pontíficia")
b) em Sebrae, leia-se Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (está escrito "Micros").

Réveillon - Ao contrário de outras datas como Natal, Carnaval, Dia das Mães, Páscoa, Semana Santa e mesmo Ano Novo, réveillon é grafado em caixa baixa. Há até um verbete só para isso, na página 107 do "Novo Manual da Redação". Na tabela de palavras-chave (as que têm grafia padronizada pelo manual de forma diferente da admitida pelo Aurélio), a palavra aparece em caixa alta e deve ser corrigida.

E-mail - É a seguinte a padronização para a divulgação dos endereços eletrônicos nos rodapés das colunas assinadas:
<EM> (ALT F-9)</ONDE>E-mail (CONTROL N) <CF21> mono@folha..(</EP>T</EP>)
No caso de já haver rodapé fixo o endereço eletrônico deve ser inserido conforme o exemplo abaixo:
<EM>: (ALT F-9)</PEBIO/5><CF19>Gilberto Dimenstein <CF15> escreve... (ALT F-9)<CF18>E-mail (CTRL N) <CF15>nono@folha...(ENTER)

Padrões gráficos -
1. Assinaturas no pé devem ser colocadas entre parênteses.
2. Chapéus passam a existir também nas capas e contracapas.
3. Selos passam a ter nova medida, ficando mais quadrados.
4. Crédito de foto passa a ser alinhado à direita.
5. Fichas técnicas devem ser colocadas sempre no final do texto.
6. Módulo 500 passa a existir.
7. Caixas poderão comportar sub-retrancas.
8. Multimídia terá texto de abertura com título mais fraco; acaba a subseção "Em resumo".

Os seguintes itens não mudam:
1. Caixas seguem sempre com os textos colocados à esquerda da foto.
2. Textos-legenda na vertical seguem com textos alinhados sempre à esquerda, colocados à direita da foto.
3. Agência internacional segue sendo grafada em caixa baixa nos créditos de textos.

Novo projeto gráfico -
1. Parágrafos devem ter no máximo sete linhas.
2. Intertítulos devem ser colocados a cada cinco parágrafos.
3. Colunões devem ser mais utilizados; cada editoria deve programar pelo menos dois por edição.

Telefone - Está errado escrever que determinada pessoa "retornou" ou "voltou" um telefonema. O correto é dizer que ela "ligou de volta", "respondeu" ou "atendeu" à ligação. A regra já foi objeto de comunicado anterior, mas vem sendo negligenciada em textos da Folha.

Alvorada - O nome da residência oficial do presidente da República é Palácio da Alvorada. A forma "o Alvorada", no masculino, é usada quando a palavra palácio é suprimida. Exemplos: FHC passou o Natal no Palácio da Alvorada; os ministros foram recebidos no Alvorada.

Avaliação de personagens e isenção - As reportagens da Folha não devem assumir avaliações dos personagens da notícia. É inadequado escrever que "aliados reclamam do descaso de ministros para com os parlamentares". O correto é "suposto descaso". Pelo mesmo raciocínio, não se deve escrever que "o ano eleitoral dificulta a aprovação de medidas impopulares". O certo é "medidas consideradas impopulares".

Penalizar - De acordo com o dicionário "Aurélio", a palavra penalizar significa causar pena, afligir. O verbo não deve ser usado como sinônimo de punir.

Comunistas e fascistas russos - O político russo Vladimir Jirinovski deve ser classificado de neofascista. Os comunistas russos devem ser chamados de neocomunistas.

Centro Tecnológico Gráfico-Folha - A nova gráfica do jornal deve ser chamada de Centro Tecnológico Gráfico-Folha. A palavra Folha fica em negrito. A sigla é CTG-F.

TV paga - Em textos técnicos sobre televisão paga, sempre que necessário, deve-se acrescentar o nome do sistema em questão. Podemos ter, por exemplo, TV paga e TV a cabo, por microondas ou a direta de satélite. Nos textos em que a diferenciação tecnológica não for importante, deve-se continuar utilizando apenas a expressão TV paga.

Aborto - Comunicado anterior sobre uso dos termos aborto e parto prematuro omitia o contorno jurídico da questão. A seguir a nova redação sobre o tema:Em termos estritamente médicos, aborto é a interrupção voluntária ou não da gravidez até a 20ª semana de gestação, segundo critério da Organização Mundial da Saúde. Após esse período, a interrupção involuntária da gravidez deve ser chamada de parto prematuro.
As duas fases recebem nomes diferentes em função da capacidade de o feto sobreviver fora do útero (até a 20ª semana, a possibilidade de sobrevivência é considerada muito pequena ou nula).
Do ponto de vista penal, porém, o aborto provocado é crime no Brasil desde a concepção ou implantação do óvulo até o início do nascimento. Assim, quando se trata de questão jurídica no Direito Brasileiro, a interrupção provocada da gravidez deve ser chamada, em qualquer período que ocorra, de aborto.
As duas situações de aborto legal são: não haver outra hipótese para salvar a vida da gestante ou a gravidez decorrer de estupro. Já começa a surgir jurisprudência favorável ao aborto legal para casos de anencefalia.

Um dos únicos - A expressão um dos únicos deve ser evitada nos textos do jornal.

Estado de Direito - Estado de Direito deve ser grafado em caixa alta e baixa. Termos como estado de sítio e estado de espírito devem ser grafados em caixa baixa.

Cobertura Clinton
- No caso Monica Lewinsky, pairam sobre o presidente dos EUA as suspeitas de falso testemunho (Clinton teria negado em juízo seu suposto relacionamento com a ex-estagiária da Casa Branca) e obstrução de justiça (ele teria coagido a moça a mentir sobre o assunto em depoimento). Em português, não é correto usar o termo perjúrio no lugar de falso testemunho.
A expressão em inglês "grand jury", utilizada para definir o júri que vai decidir se há evidências suficientes para indiciar Clinton, deve ser traduzida como júri de inquérito ou júri de inquisição.
A tradução correta da expressão "material evidence" é prova relevante.

Colunistas ausentes - Sempre que um colunista deixa de escrever seu texto, devemos informar sobre a ausência da seguinte forma:
Excepcionalmente hoje, não é publicada a coluna de...Não se deve usar a fórmula "a coluna não será publicada".
Este comunicado reafirma procedimento instituído em 15.11.96

Nomes e cargos religiosos - O tratamento formal dado a membros da hierarquia da Igreja Católica (como dom Paulo Evaristo Arns) deve ser mencionado apenas na primeira referência. Nas outras vezes em que for citado, o bispo, arcebispo ou cardeal deve ser tratado pelo sobrenome (Arns) ou pelo cargo (bispo, arcebispo, cardeal).
A forma "dom Paulo" está abolida desde circular 07/09/89.No crédito de artigo, o nome do religioso deve vir sem o título "Dom" ou "D." (simplesmente PAULO EVARISTO ARNS). O título eclesiástico deve constar do pé biográfico ("D. Paulo Evaristo Arns é etc etc").

Pesquisas Datafolha - A Folha cometeu recentemente uma série de erros em reportagens elaboradas a partir de pesquisas do Datafolha. São falhas que comprometem a imagem do jornal e, indiretamente, do instituto de pesquisa. A seguir algumas recomendações para evitar a publicação de informações incorretas.

1. MARGEM DE ERRO - determina a variação possível entre os resultados obtidos. Se a diferença entre dois candidatos, por exemplo, está dentro da margem de erro, o correto é escrever que há empate entre eles. A margem de erro muda de acordo com o número de entrevistados e está sempre definida no relatório de pesquisa.

2. UNIVERSO - conjunto representados pelos entrevistados. Um resultado não pode ser apresentado como nacional se o campo foi feito só em capitais. Da mesma forma, uma pesquisa realizada com eleitores é diferente de um levantamento que tem como universo o total da população.

3. COMPARAÇÕES - um resultado só permite comparação com outro obtido anteriormente se, além do universo, a formulação da pergunta for a mesma. A expectativa antes da posse dos candidatos não pode ser comparada com a avaliação da gestão.

4. DATA - a análise de um resultado sempre deve levar em conta o período em que foi realizado o campo. Acontecimentos ocorridos entre a realização da pesquisa e sua publicação podem influir na opinião do universos pesquisado.

5. CUIDADOS FINAIS - uma vez pronto o texto, todas as informações devem ser cotejadas com o relatório de pesquisa. Sempre que possível, consulte o Datafolha antes da publicação.

Salman Rushdie - A Folha não usa a palavra sentença para se referir à decisão do aiatolá Khomeini que condenou à morte o escritor Salman Rushdie, autor de "Versos Satânicos". Em títulos, deve ser utilizada a expressão "decreto". Exemplo: O Irã estuda rever decreto contra Rushdie.
Em textos deve ser usada pelo menos uma vez a palavra "fatwa", seguida de explicação. Exemplo: O Irã espera reiniciar as negociações sobre a "fatwa" (decreto religioso, em árabe, pronuncia-se fátua) que condenou à morte Salman Rushdie.

Traduções - Sempre que publicarmos traduções, devemos informar, no rodapé do texto, o autor da tradução. Em textos que utilizem traduções, nunca use a expressão "em tradução aproximada". A Redação deve sempre buscar a forma mais precisa para a tradução.

Déficit público nominal - o quanto União, Estados, municípios e estatais, juntos, gastam acima de suas receitas.

Déficit nominal do governo federal - o quanto o governo federal (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) gasta acima de sua receita.

Superávit primário - o quanto o setor público economiza de suas receitas para pagar suas dívidas.
Déficit público primário - a diferença entre despesas e receitas do setor público (União, Estados, municípios e estatais), excluindo gastos com juros das dívidas interna e externa.

Superávit primário - o quanto o governo federal economiza de sua receita para pagar sua dívida.
Déficit primário federal - a diferença entre despesas e receitas do governo federal (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social), excluindo gastos com juros das dívidas interna e externa.

"A Folha apurou" - Como diz o "Novo Manual da Redação", nas págs. 38 e 39, a expressão "a Folha apurou" é reservada apenas para informações obtidas em off e que estejam suficientemente cruzadas para que o jornal tenha certeza de poder sustentá-las. É proibido o uso de "a Folha apurou" seguido de verbo no condicional. Exemplos:
Forma errada: "A Folha apurou que o ministro teria pedido demissão, mas que o presidente não teria aceitado".
Forma correta: "A Folha apurou que o ministro pediu demissão e que o presidente não aceitou sua saída".

Ditador, líder e dirigente - A Folha usa o termo "ditador" para designar o dirigente principal de um regime sem liberdades democráticas e com poderes concentrados nas mãos de um único líder, diferentemente, por exemplo, de uma junta militar ou de outro sistema de direção colegiada. Recomenda-se a palavra "ditador" na primeira menção no texto, alternando depois, para evitar repetições, com o cargo formal. Os ditadores Fidel Castro e Saddam Hussein, por exemplo, são presidentes cubano e iraquiano. Os ex-ditadores Augusto Pinochet (Chile) e Alfredo Stroessner (Paraguai) ocuparam também a Presidência de seus países. O ditador líbio Muammar Gaddafi não ocupa nenhum cargo formal. Para os casos de regimes ditatoriais não-pessoais, como os casos atuais da China e do Vietnã, usa-se o termo dirigente ou líder na primeira menção, buscando acrescentar um adjetivo que descreve o sistema em questão. Exemplo: o dirigente comunista Jiang Zemin. Para evitar a repetição e o empobrecimento do texto, recomenda-se alternar o termo "líder" ou "dirigente" com o cargo formal. Novamente o exemplo Jiang Zemin: o presidente chinês, Jiang Zemin. Nesse caso, Jiang também pode ser descrito como secretário-geral do PC (ele acumula os dois cargos). Recomenda-se checar os casos não mencionados e manter atualizadas as descrições acima
Novo Manual da Redação - 1996

Adendos

Frases

Introdução

Como consultar

Projeto Folha

Produção

Texto

Edição

Anexos

Bibliografia



subir

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A - Todos os direitos reservados.