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Comentários de Carlos Lungarzo
Em 25/09/2009 14h36
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Imagino que ninguém dentro da administração do Jornal deve querer responder a esta pergunta, porém vou fazê-la tipo exercício individual:
A veiculação de injúrias, mensagens de ódios, palavrões, fazem parte da liberdade de expressão? Chamar alguém de m..., de imprestável, etc., que não são termos que qualifiquem a pessoa, mas apenas maneiras de manifestar ódio pessoal, é ALGO EDUCATIVO?
A polêmica sobre se a liberdade de expressão tem ou não limites está em aberto, e em nenhum país do mundo (mesmo nos mais evoluídos) há um 100% de consenso.
Entretanto, supóe-se que a maioria das atividades humanas não são automáticas, porém têm uma finalidade. Qual é a finalidade dos acúmulos de baixaria que fazem parte do 80 a 90% dos comentários que se fazem nos jornais? Aliás, não creio que o caso da Folha seja o dos mais gra ves. Em alguns sites, encontram-se que todas os comentários são desse tipo?
O comentarista aspira a ser ouvido? Creio que esse seria um objetivo digno. No entanto, sugiro que observem quantos comentários são realmente críticos de outros, quantas polêmicas se apresentam. Na maioria dos casos, é um diálogo de surdos, mesmo entre pesaoas que têm a mesma posição.
Poderia se argumentar que estes xingamentos facilitam a catar-se e são uma forma de linchamento incruenta. É melhor isto que enforcar ou queimar pessoas. Não tenho dúvida! Mas me parece um objetivo ainda insuficiente. Obrigado

Em Eleições no congresso
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Em 29/08/2009 00h01
CIÊNCIA E DIREITO
Qualquer criança pode comprovar leis científicas simples, como o ponto de ebulição da água. Com o direito ocorre exatamente o oposto. O resultado de um "arrazoado" jurídico pode ser uma caixa de surpresas, dependendo dos interesses em jogo.
Uma frase que os magistrados têm transformado num "teorema" (não agora, mas bastante tempo atrás), diz que "um governo ou um tribunal de um país potencialmente asilante, NÃO DEVE DISCUTIR O MÉRITO da pena a que foi condenado o potencial asilado". Ou seja, não deve discutir-se, no caso Battisti, a notória farsa da sua condenação. Ora, se alguém quer defender isto, está em seu direito. Mas seja minimamente honesto e reconheça que essa premissa implica que O DIREITO DE ASILO DEVE SER DERROGADO. Chamemos P a essa premissa. Então, é um exercício trivial demonstrar que todo estado cuja justiça sustenta P, deve REJEITAR qualquer estrangeiro que apareça como potencial asilado. Com efeito: todo país do planeta tem algum sistema judiciário e ele não pode ser questionado.
No máximo, poderia ser aceito o refúgio para grupos humanos que fogem de perseguições que NÃO são governamentais nem jurídicas, como em Sudão, por exemplo.

Em Refúgio político
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Em 28/08/2009 23h30
JUSTIÇA DE CHICLETE
A interpretação das leis pode variar, mas há um limite. Entretanto, às vezes esses limites são ultrapassados porque a lei tem um propósito determinado: ferrar a João, favorecer a Pedro, mandar Antônio em cana, etc. São interpretações "prêt a porter" , fabricadas de acordo com os interesses de lobbies, panelas, corporações, grupos econômicos, credos, ideologias, etc.
Em fevereiro, o Ministro Celso de Melo foi pressionado por perguntas comprometedoras: O STF sempre decidiu a favor do refúgio político. Dar refúgio está de acordo com a lei nacional e internacional, com o direito natural, e com a jurisprudência brasileira. Não sabemos quanto Melo teve de pensar, mas encontrou a resposta: "O STF pode modificar sua Jurisprudência". Ou seja, fazemos a lei depois de saber quem vai ser condenado.
Recentemente, o ministro Veloso, mais sutil, fez um longo "arrazoado" (é a forma em que os bacharéis, fixados na memória de Gôngora, chamam a uma argumentação). Em virtude deste, diferencia escolasticamente entre "refúgio" e "asilo", uma diferença que qualquer vestibulando de direito sabe de cor e salteado, e concluiu que Tarso tinha errado porque estava dando ASILO e não REFÚGIO. E se Tarso tivesse dado refúgio a Battisti no bojo de mais 10.000 perseguidos, o STF acharia certo? É como a diferença entre homicídio e assassinato; segundo a quem queiram condenar, autor de assassinato vai em cana. Já, homicida, pode se salvar.

Em Refúgio político
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Em 28/08/2009 13h24
NEM TÃO INGÊNUOS:
Alguns comentaristas se assustam pela quantidade de pessoas que se ajoelham à dominação americana, louvam a agressão yanqui, e debocham dos que querem paz, igualdade e respeito. Mas, os que escolhem o patrão americano em vez da dignididade pessoal, nãõ são ingênuos, nem estão equivocados.
Os Estados Unidos financiam grande parte da classe média tecnocrática na AmLat,, que atua em empresas transnacionais, ou trabalha na mídia pró-americana, o faz parte do think tank de ideólogos que justificam as ações americanas. Argentina, Brasil e Colômbia têm o maior número de jornalistas, comunicadores, underlings e outros contatos entre o império e as colônias. Nas décadas de 60 e 70, o Comando Sur chegou a pagar por volta de u$s 2.000 por alguma delação últil sobre movimentos sociais (sem falar de delações de chefes guerrilheiros, etc.), financiou não apenas igrejas pentescostais como também outras religiões, favoreceu a publicação de libros com propaganda anti-cubana, doou edifícios para institutos de pesquisas anti-comunistas, como vários de diferentes siglas em Buenos Aires, paga viagens e promoções desproporcionadas a funcionários de empresas, laboratórios, agências, etc., americanas situadas em AmLat, dão bolsas vultuosas, em fim, tem numerosos bônus, que beneficiam uma classe média de 100 a 500.000 pessoas no Continente, uma pechincha para o que eles dão como retorno.
Os bajuladores do Pentâgono ÑÃO SÃO INGENUOS. Ter o Tio Sam como pai é grande lucro.

Em Bases na Colômbia
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Em 27/08/2009 12h18
LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL? SÓ PARA FASCISTAS!
Em 18/03/2008, Battisti foi detido pela Interpol, e pelas polícias italiana, francesa e brasileira, em arrepio do art. 33 da CG-1951 que proíbe punir imigrantes irregulares que procuram refúgio. Desde então, a justiça brasileira tem violado os seguintes artigos da Convenção Americana de DH:
Art. 14. Todos têm direito de apresentar peticiones [] e obter pronta resolução.
No 11/02, o Senador Suplicy pediu ao STF que permita a Battisti se manifestar, mas não obteve resposta.
Art. 15. Todo preso tem direito à verificação da legalidade de sua prisão, e a ser julgado sem DEMORA ou liberado.
A justiça NÃO VERIFICOU A LEGALIDADE até o dia de hoje. Se for julgado em 09/09, haverá uma demora de TRINTA MESES.
Art. 16. Todo acusado é inocente, até que se prove o contrário.
Em 04/02, CELSO DE MELO confessou à mídia um "PLANO" para condenar Battisti: MUDAR A JURISPRUDENCIA, que é favorável ao réu.
www.jusbrasil.com.br/noticias/740386/mello-stf-pode-mudar-jurisprudencia-no-caso-battisti
Art. 17. Proclama o direito de receber asilo.
Em 24/03 o presidente do STF afirmou que, se decidir pela extradição, o governo será OBRIGADO a cumprir essa decisão. O STF declarou o caráter INTOCÁVEL da sentença italiana, apesar de ter sido evidentemente forjada.
Estas violações são mais do que suficientes para que o STF seja denunciado à Comissão Internacional de DH, da OEA, o que já algumas pessoas têm feito.

Em Refúgio político
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Em 20/08/2009 00h57
UNIVERSIDADES EX PULPITO
Comentários simplistas todos fazemos. O preocupante é quando eles se publicam como lições para outros. Um comentarista diz que a universidade não deve ocupar-se da igualdade social, mas de gerar conhecimento.
De fato, isso foi assim até o século 16. Conhecimento é um processo de apropriação de informação que não é suficiente (embora seja NECESSÁRIO) para a execução de ações de modificação da realidade, sejam tecnológicas, artísticas, desportivas, ou (por que não, propriamente científicas?)
Conhecimento é suficiente para ciência teórica. Então, se é assim, deveríamos formar apenas físicos e químicos teóricos, especialistas em humanidades, e astrônomos, mas não médicos, engenheiros e arquitetos, por exemplo. Aliás, acho que a noção medieval de Universidade era mais avançada do que isso.
Ora, qual é o OBJETIVO da universidade, quem é que decide? Os intelectuais alemães dos anos 30 achavam que a função da Universidade era eliminar o mundo de etnias inferiores e reforçar a ciência ariana.
Os intelectuais de nossa região, especialmente do Brasil, acham que a Universidade é para formar pessoas que continuem produzindo resultados que sua própria corporação considera geniais, e deixar que aquele 80% ou mais de sombras sem identidade apodreçam no analfabetismo e a miséria.
Por sinal, os que gostam de conhecimento puro, sabem que existe uma ciência chamada "homologia algébrica"? Utilizam muito em seu dia-a-dia?

Em Hugo Chávez
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Em 20/08/2009 00h43
A PROPAGANDA É A ALMA DA PERPLEXIDADE
Não acho estranho que muitas pessoas considerem excelente a qualidade do ensino americano. Nenhum país do mundo conseguiu fazer tão grande propaganda das suas instituições. Reconheço que não se deve fazer uma afirmação que conduza a perplexidade sem explicar os motivos, mas já está feito.
Brevemente: a educação não é apenas a universitária, como todos sabem, nem a mais importante para resgatar socialmente o cidadão, contribuir ao progresso social e consolidar a democracia. Quando comparei as educações americana e brasileira me referia à fundamental.
Além disso, me referia, porque pensei que era óbvio, à pública. Americanos não são pessoas tão desconhecidas. É fácil entrar em contato com eles, mesmo que não se conheça os EEUU. Aliás, os curricula das escolas americanas podem ser acessados por qualquer pessoa curiosa, não apenas em inglês, mas, muitas vezes, em espanhol.
O próprio cinema americana describe a Elementary e High School em infinidade de comédias que estão baseadas na realidade.
Quanto ao ensino universitário, é bom observar alguns dos catálogos das principais universidades (W e E, eventualmente Sul), e observar o grande peso de intelectuais de outros países e de culturas radicalmente diferentes da Americana nessas instituiçoes, incluindo, obviamente británicos. O que se pretende dizer é que o sistema educacional americano é o mais rico do mundo. Isso é verdade.

Em Hugo Chávez
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Em 15/08/2009 01h10
EDUCAÇÃO E MUDANÇA
Discutir seriamente sobre a reforma educacional de Venezuela é complicado, e só poderá ser feito profundamente depois que possam avaliar-se as primeiras evidências.
Entretanto, há uma coisa evidente: sem educação, não há humanismo, socialismo, progresso social, que possa desenvolver-se. Porque socialista pressupõe não apenas mais bem-estar físico, mas uma nova mentalidade, uma destruição dos velhos tabus, das ferramentas de dominação. É fácil observar a diferença entre países como Suécia e Finlândia, que possuem excelentes sistemas de educação básica, com os Estados Unidos ou Brasil, cujas escolas públicas são bastante parecidas (por muito que possa surpreender aos que acreditam que o único importante é a riqueza).
Mas, há várias coisas derivadas da educação. Uma delas, ainda vergonhosamente barganhada pela politicagem de vários países, é a inclusão por meio de AÇÕES AFIRMATIVAS, estigmatizadas por racistas e neo-fascistas.
Outra, MUITO IMPORTANTE, e que vai dar muito para falar, é o anúncio de hoje a noite de Chavez: a idéia de desmontar as estruturas autoritárias, corporativas e medievais da Universidade. Os que trabalhamos a vida toda no ensino universitário sabemos o que isso!!!

Em Hugo Chávez
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Em 28/07/2009 09h44
OBSERVAÇÃO ESCLARECIDA
O leitor Sérgio Sertão é um caso notável neste mar de sem sentidos (há outros, também, mas, como ele próprio diz, são menos da metade). Uma análise objetiva, singela e essencial sobre a influência negativa da mídia sobre o público cujas opiniões permite expressar.
Não tinha pensado neste assunto com tanto detalhe. Esta observação deixa claro que os comentários, feitos por leitores que (em qualquer jornal, nacional ou estrangeiro, ou em qualquer tipo de mídia) são fiéis à opinião de seu veículo, tendem a reproduzir as idéias principais desse veículo.
No fundo, a generosidade dos jornais ao permitir a expressão do público não apenas contribui a sua propaganda de abertos e liberais, mas também a reforçar suas próprias matérias, com opiniões espontâneas que, não por acaso, coincidem com a do órgao da mídia em apreço.
Como disse esse leitor, o caso Zelaya mostra isto de maneira mais forte que outros assuntos. As pessoas afirmam coisas que não apenas são falsas, mas nem mesmo se entendem. Por exemplo, alguns dizem que Cuba importa o 80% de seus insumos, mas não dão nenhum detalhe sobre isso. Outros evidentemente tomaram conhecimento que existia Honduras o 28 de junho. Isso não lhes impede dar palpite sobre a Constituição ("Federal", num país Unitário), e dizem que Zelaya a violou. Não creio que esta exuberância de opiniões desvairadas tenha um efeito obscurecedor. São tão sem relevo que ninguém lê. O efeito é produzido pelas opiniões da própria mídia.

Em Honduras
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Em 28/07/2009 09h33
SABER E PENSAR
Pessoas com pouca ou nenhuma informação sobre o tema que estão tratando, podem ter excelentes pensamentos. Afinal, pensar não é apenas processar informação externa.
O problema é quando aquele que não possui informação acha que tem, e se permite ensinar aos outros como é que são as coisas certas.
Aí sim, temos um caso de escassez de inteligência ou de "concordata" (às vezes, falência) mental.
É interessante ver como neste fórum (mas que em qualquer outro dos que a Folha tem abertos), muitos comentaristas acumulam opiniões e supostas informações que são totalmente absurdas, com a maior naturalidade. É um fato interessante do ponto de vista psicológico. Possivelmente, especulam com o fato de que ninguém vai a averiguar diretamente, ou até pode acontecer que aquele que difunde essa informação falsa acha que está dando a conhecer algo verdadeiro e valioso. (Este é um caso de falência mais grave).
Deixando os comentários de ódio, onde a objetividade é impossível, porque os autores se afogam em seus prórpios xingamentos, se percebem comentários que pretendem ser objetivos cheios de sem sentidos.
Um dos mais bizarros é recente: um leitor disse que Zelaya não respeitou a Constituição Federal. Gozado. Constituição de que país? Porque Honduras nunca foi um república Federal. Entretanto, como já observé 4 comentários atrás, esse clima de "ametralhamento" com sem sentidos, vai arrefecendo.

Em Honduras
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Em 27/07/2009 22h18
OS OVOS DA COBRA 3
As cobras incubadas não eram suficientes, e Washington pensou numa alternativa às ditaduras. O exemplo da Argentina mostrava que isso podia ser perigoso, pois governos sangrentos eram incontroláveis.
Essa solidão dos republicanos e da direita da América Central não foi suficiente para que os americanos aceitassem os acordos de Esquipulas 2, proposto por Oscar Árias (pelo qual recebeu o Nobel), e implementado pela grupo de Contadora a partir de 1986. EEUU não aceitava o triunfo dos Sandinistas nas eleições e queria sua derrubada. Entretanto, modificações posteriores do acordo, feitas de maneira tortuosa e obscura, acabaram convencendo Washington de que eleições "democráticas" fraudadas seriam melhor garantia do poder americano que uma guerra sem fim, com grande resistência popular.
Os EEUU eliminaram alguns de seus inimigos em AC e o Caribe (Contadora, Panamá), mas, ao mesmo tempo, facilitaram as democracias "marionetes", menos polêmicas e mais aceitas que as ditaduras. Entre 1988 e 2000, elegeu vários governos submissos e implementou o Plano Colômbia. Os americanos saíram do sufoco, mas, "tanto o diabo enfeito o filho que furou os olhos". A gula da direita aprontou o golpe de 2002 no único estado da região que não se submetia: Venezuela. A partir daí, Chávez se reforçou e seu exemplo foi ganhando Equador, Bolívia, Nicarágua, Paraguai e, parcialmente, Argentina. Hoje, o fascismo latino e norte-americano estão reagindo. O futuro ninguém sabe.

Em Honduras
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Em 27/07/2009 22h17
OS OVOS DA COBRA 2
A corrupção e confusão dos Contra os tornou, apesar de sua extrema crueldade, pouco úteis aos americanos, que começaram a recrutar mercenários de outros países (Guatemala, Salvador), obrigando a estes povos a uma defesa corajosa e duríssima durante mais de uma década.
O 2º ovo foi chocado por John Negroponte, embaixador de Honduras na época, e planejador do extermínio de camponeses e índios da região. Já nos começos de 1980, a guerra civil estava generalizada a toda América Central, salvo Costa Rica, com o apóio militar e econômico do diplomata, seus mandantes e seus cúmplices.
Entretanto, uma cobra adulta já estava em ação desde 1978. A mais bárbara das ditaduras de Ocidente, a Argentina, organizou o Operativo Charlie, uma operação programada junto com Reagan, que consistia em estender a América Central as experiências argentinas em tortura, terrorismo, massacres e genocídio. Para tanto, Buenos Aires, investiu em mercenários, mas também em tropas regulares, e em consultores, espiões, intelectuais, gente de mídia, quintas colunas.
Quando Galtieri e sua gangue se voltaram contra Grã Bretanha, em abril 1982, a estrondosa derrota enfraqueceu as possibilidades de Argentina de continuar aniquilando os movimentos populares na América Central. Em 1984, Reagan se encontrou com seus valiosos aliados feitos frangalhos, e um esforço de guerra total dos Estados Unidos traria problemas ao povo americano.

Em Honduras
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Em 27/07/2009 22h16
OS OVOS DA COBRA 1
O golpe de Honduras é herança da história da América Central desde o século 19. Mas, sem ir tão longe, em agosto de 1978, o movimento revolucionário Sandinista, na Nicarágua, derrubou o sangrento ditador Somoza, que era tão odiado pelas próprias elites, que os EEUU não conseguiram ajudá-lo.
Nessa década, os EEUU perderam seus principais capachos: o governo de Vietnam do Sul e o xá de Irão. Sua aliança com China não era suficiente para brecar os movimentos libertários, porque aquele império pseudo-comunista estava se esgotando em seu esforço por atacar a Rússia e dominar o sudeste da Ásia .
Então, os americanos plantaram na Honduras o mais novo e eficiente OVO (dos muitos que tinham incubado as ditaduras passadas que o Pentágono sempre apoiou). Esse OVO foram os CONTRA-SANDINISTAS. Com efeito, quando os Sandinistas (Eder Pastora, Daniel Ortega e outros) triunfaram, dissolveram a gangue de assassinos de Somoza (a Guarda Nacional), e criaram o Exército Revolucionário, que teve a colaboração voluntária de centenas de jovens do Continente, de combatentes europeus (especialmente dos países escandinavos) e até de alguns americanos.
Os Contras se formaram com ex torturadores, mercenários, traficantes, criminosos comuns, estupradores e assassinos, instruídos pela CIA e armados pelo Comando Sul. Os Contras tinham uma moral tão baixa que nem eram fiéis a sua própria causa, pois roubavam o dinheiro dos americanos (caso Irã-Contras)

Em Honduras
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Em 24/07/2009 14h45
DITADOS E CHAVÕES
Sartre, uma das mentes mais lúcidas do século 20, escreve em seu artigo sobre Humanismo, que nada é tão falto de justificativa como os ditados, provérbios e chavões. No entanto, alguns deles são verdadeiros. Um é aquele que diz que "quando o barco afunda, os ratos fogem". Não me refiro à ditadura hondurenha, até porque não gostaria ser processado pelas muitas ONGs que defendem os animais. É apenas uma metáfora para referir-me à diminuição, dentro deste blog, dos comentários que por seu conteúdo, sua intenções, seu grau de informação, se uso da linguagem, e a inteligência de seus autores, só podem ser considerados dispêndio perdulário dos fabricantes de papel.
Quando começou o conflito, muitas vozes inventavam ou repetiam os chavões mais descabidos: que a democracia se faz com golpe e não com as eleições, que o segundo povo mais miserável de América adora a seus carrascos, etc. Tudo isso, preenchido com injúrias, xingamentos e acusações das mais jocosas: como acusar Insulza de Comunista, a OEA e a ONU de centros de subversão, e outros delírios. Ontem, esses comentários diminuíram. Mas, não porque eles percebam que estão errados; é que esses exercícios de ódio deixam suas proletárias mentes exaustas. Também, porque os comentaristas esclarecidos parecem que desistiram de polemizar com estas figuras, e decidiram ignorá-las. Ainda bem. A polêmica em torno ao non-sense é a razão pela qual esse non-sense existe.

Em Honduras
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Em 23/07/2009 16h25
SOLUÇÃO INCOMPLETA
Mesmo uma democracia formal ou simbólica, como as de nosso Continente (salvo Canadá) é mais positiva que uma escravocracia aberta como a que impuseram em Honduras. Sem dúvida, Itaramaraty entende isso, e essa deve ser a razão que justifica a relativa energia do ministro Amorim na condena do asalto fascista.
Entretanto, tanto os castigos aplicados, como a simples reivindação da volta de Zelaya, são soluções incompletas face à brutalidade que significa o retorno ao fascismo latinoamericano das décadas passadas,
A unanimidade que Amorim encontra na opinião pública (e que diz ser inusitada), justifica (quaisquer que sejam os motivos que levaram a tantos governos a se sentir democráticos) a propor medidas fortes no seio da OEA, coisa que ninguém fez fora do Alba. Brasil, por seu tamanho, e por ter sido o primeiro país conhecido a ter uma ditadura selavagem (houve muitas outras antes, mas passaram desapercebidas para a comunidade internacional), tem a obrigação de tomar a restituição da democracia de maneira mais séria.
1) O assunto não é defender a pessoa de Zelaya, mas o que ele significa como esperança de mudança. Se ele voltar no meio à "melange" cozinha por Árias, a diferença será pouca.
2) As medidas contra Honduras são fracas. Há numerosos aspectos econômicos onde não existe bloqueio, e Brasil deveria denunciar isso na OEA e a ONU.
O fascismo hondureño pode permanecer e comprar armas com a ajuda que EEUU lhes fornece.

Em Honduras
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Em 22/07/2009 16h19
OXIGÊNIO NO CARBONO
Quero parabenizar ao comentarista João Ferraz: um comentário belo, objetivo, verdadeiro, escrito com a cabeça e o coração.
É verdade, somos partidários do que fazemos e pensamos. Somente somos neutrais quando aceitamos qualquer coisa que nos beneficie, sem oferecer opinião sobre ela.
Não entanto, é possível não ser neutral e, mesmo assim, ser verdadeiro. Não acho Cuba e EEUU no mesmo nível de ética social e política, e nunca diria que sou neutral entre ambos. Mas reconheço os erros e até atos perversos que a direção cubana tem cometido, algumas vezes (menos que outros países, e muito menos do que se afirmar).
Os golpistas não são neutrais, mas tampouco são verdadeiros. Se os fossem diriam: "Apoiamos a os fascistas hondurenhos porque eles defendem nossos privilégios, porque é melhor que milhões de pessoas morram de fome e doenças, e não que a gente não possa trocar o carro todo ano. Aliás, por que índios e negros têm direito de viver".
Isso seria ser sincero. Como fica claro, sinceridade não implica maior valor moral. Poucos movimentos foram tão cruelmente sinceros como o nazismo. O problema dos comentadores golpista neste fórum, é que eles mentem, e tão torpemente que suas mentiras ficam inconclusas e devem ser completadas por insultos e baixarias.

Em Honduras
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Em 22/07/2009 15h25
ERRATUM
Cometi um erro brutal no penúltimo de meus comentários. Pus:
O fato concreto em que há "graus" de direita. "Primeiro, Morales, nem Correa, nem Chaves, nem Ortega são de esquerda, especialmente Morales. "
Quis dizer exatamente o contrário:
"Primeiro, Correa, Chaves, Morales e Ortega SÃO de esquerda, especialmente Morales".
Foi erro de digitação. Não foi um ato falho.
OBRIGADO

Em Honduras
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Em 22/07/2009 13h30
ZELAYA OU NÃO ZELAYA? ESSA NÃO É A QUESTÃO!!!
Zelaya é um rico fazendeiro de temperamento conservador que chamou sua atenção por possuir certa sensibilidade pessoal para seu povo, em vez de assumir, como o resto da elite do continente, o papel de feitor. Entretanto, isso é muito pouco, e, mesmo se for restituído, é difícil que possa fazer uma transformação significativa. Nem Chamorro, na Nicarágua, nem Perón na Argentina, nem De la Torre, no Peru, tiraram seus países de sua condição miserável.
Mas sua restituição é um ato de princípios, que não vale pelo que Zelaya É, mas vale pelo que seus inimigos SÃO. A derrota deste golpe, se for obtida, será um golpe moral para as elites da região, para os EU, e para a direita em geral. Talvez, isso não produza nada, como parece estar acontecendo em Guatemala, mas talvez possa dinamizar uma verdadeira revolução, como aconteceu em Venezuela em 2002, depois da restituição de Chávez.
A ideologia de Zelaya não justifica a perda de uma gota de sangue, mas, as pessoas que morreram até agora, não o fizeram em homenagem a ele, nem para favorecer sua vaidade. O fizeram para atingir os fascistas. Não é a primeira vez que isso acontece. Se nossos pais e avós não tivessem lutado contra o fascismo na Europa, o mundo seria muito diferente. Um instante de reflexão basta para entender que todos seríamos uma espécie de base de Guantánamo.

Em Honduras
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Em 22/07/2009 12h34
Há um comentarista que surpreende com uma colocação original e objetiva. Diz que em Honduras há uma luta entre duas fações de direita, e quem paga o custo disso é a população pobre.
Este comentarista discorre sobre os fracasos do stalinismo, do PT e de outras tendências que se diziam progressistas. Seria infantil não querer reconhecer que ele está certo.
Entretanto, é diferente admitir a objetividade desse pensamento, e deduzir que o único que é possível no planeta é deixar-se manipular. A direita luta pelo poder, não por nenhum causa humanitária, e o povo fica esperando quem ganha e a quem deve obedecer. Aceitar isso conduziria a uma humanidade estática, e se fosse assim, nunca teria havido algum progresso social. E não podemos duvidar de que houve progresso, porém numa escala infinitamente menor a que a humanidade precisa.
O fato concreto em que há "graus" de direita. Primeiro, Morales, nem Correa, nem Chaves, nem Ortega são de esquerda, especialmente Morales. Todos os outros governos de AL vão de uma tímida centro esquerda (Chile), passando pelo centro (Argentina) a uma centro direita (Brasil) até uma direita bem definida (Colômbia, Peru, México).
Devemos diferenciar matizes. Por exemplo, eu não votei em Lula no primeiro turno, mas votaria se houvesse perigo de vitória da oposição, da mesma maneira que a esquerda lutou junto à direita aliada na segunda guerra mundial contra a direita nazista.

Em Honduras
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Em 21/07/2009 18h16
COERÊNCIA
Uma notícia recente oferece uma possibilidade para um comentário reflexivo. Peço desculpas por não poder adequarme ao estilo de fórum, onde dominam palavrões, insultos, sarcasmos e outros subprodutos da incultura dos que os escrevem.
Refiro-me a um comunicado do encargado de negócios venezuelano em Tegucigalpa, URIEL VARGAS, que afirma que desobedecerá a cominação exarada pela ditadura hondurenha, obrigando aos representantes venezuelas a abandonar o país.
Seria aventurado louvar a dignidade e coragem destas pessoas, porque não sabemos se esta decisão será mantida. O governo venezuelano já mostrou contradições entre declarações temperamentais, e condutas confusas, como foi a retirada das tropas na fronteira de Colômbia, apesar de que a famosa agressão contra Equador não era um fato isolado.
Mas, não vamos julgar o futuro. O fato é que, seja que Venezuela mantenha sua atitude, ou mude de idéia e acate a ordem da ditadura, o fato de RECURSAR-SE A ABANDONAR TERRITORIO HONDURENHO é uma coerência básica, elementar, cujo custo, por alto que seja, deve ser assumido.
A legação venezuela não foi empossada por uma ditadura, mas por um sistema formalmente legal, que foi abalado por um golpe. Ir embora seria reconhecer legitimidade a essa ditadura. Isto seria uma incoerência com o repúdio da máfia que assaltou o poder, um repúdio que não é apenas do ALBA. Uriel merece que se reconheça sua coragem, mas não está fazendo nada a mais que seu dever.

Em Honduras
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Termos e condições

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