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Pai de Bob Burnquist não acompanhava
o filho campeão


ANA BONATTO
free-lance para a Folha Online

Leandro Andrade
Bob Burnquist com a mulher e a filha

Hoje muitos brasileiros sobrevivem do skate, como os atletas de futebol, o esporte é uma profissão. Os pais já não torcem o nariz quando a criança pede um skate e muitos deles incentivam a prática. "Os pais estão vendo o esporte de maneira diferente do que quando comecei, há 15 anos", conta o brasileiro, grande ídolo mundial, Bob Burnquist, 25 anos, que participou da etapa continental do Mundial de Skate, o Crail World Cup, realizado em São Bernardo do Campo (Grande SP).

Quando Bob tinha 10 anos, um amigo furou sua bola e para compensá-lo do prejuízo lhe deu seu skate. Bob não parou mais de andar e virou ídolo. "Nunca tive treinador, meu pai não me acompanhava, mas soube aproveitar as oportunidades e o resto foi consequência", diz o campeão. "Em primeiro lugar skate é diversão." Para ele, o bacana é que o skate desenvolve a auto-estima e a individualidade das crianças. "Elas têm de conseguir os resultados pelo seu próprio esforço", diz Bob.

Rodolfo Ramos "Gugu", 17 anos, começou a andar aos 4. Segundo ele, as competições não estavam em seus planos, pois não gostava de competir. Gugu ganhou esta etapa do mundial em 2000, mas neste ano vibrou com a vitória do irmão Wagner Ramos. Com uma volta perfeita, Wagner decidiu a competição, na categoria street, e levou o prêmio de US$ 5.000 para o Paraná. "Foi a primeira vez que o meu pai me viu correr, mas ele sempre me deu a maior força. Até roubava madeirites com a gente para fazermos rampas", diz Wagner, que recebeu o troféu das mãos do pai.

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