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05/08/2008


Aparelhos de MP3 são um risco à audição, alertam especialistas

 
 

O hábito, principalmente entre jovens, de ouvir música em tocadores de MP3 e celulares com o uso de fones de ouvido por longos períodos e volume alto já causa reflexos em consultórios e clínicas médicas: casos freqüentes de pacientes com problemas de audição. Apesar de pequenos, alguns desses aparelhos são capazes de produzir um volume máximo equivalente ao de uma britadeira, algo em torno de 120 decibéis (dB).

Apesar de pequenos, alguns aparelhos de MP3 são capazes de produzir um volume máximo equivalente ao de uma britadeira

Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 20% no número de jovens com menos de 20 anos atendidos pelo Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "No início, nenhum jovem procurava o ambulatório", afirma Tanit Sanchez, livre-docente da USP e responsável pelo serviço. Atualmente, 311 pessoas estão cadastradas. Dessas, 18 são adolescentes.

Um dos primeiros sinais de problemas de audição é o aparecimento do "zumbido", um ruído contínuo que parece um chiado. Imagine, por exemplo, uma emissora de televisão fora do ar. O problema pode ser agravado pelos barulhos do dia-a-dia, como trânsito intenso, construção civil e até mesmo músicas com volume alto em festas.

A pesquisadora ressalva que não é possível dizer quanto desse aumento pode ser atribuído aos tocadores de MP3 e dispositivos similares. Mas afirma que lugares barulhentos, como shows e festas, podem contribuir. Segundo Tanit, a exposição contínua a sons intensos é responsável pelo zumbido em cerca de 35% das pessoas que procuram o ambulatório.

Testes feitos em walkman e tocadores de MP3 mostraram que todos são capazes de reproduzir música acima dos 100 decibéis, segundo estudo da Associação Americana de Fala, Linguagem e Audição (Asha, na sigla em inglês), realizado em 2006.

Sensibilidade
Iêda Russo, fonoaudióloga e professora da PUC-SP e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, afirma que a exposição prolongada a um som com intensidade superior a 90 decibéis pode prejudicar a audição. Trabalhando há 35 anos na área, ela diz que houve uma mudança significativa na saúde auditiva dos jovens na última década.

De acordo com a fonoaudióloga, a exposição dos adolescentes a sons e ruídos cada vez mais intensos e por períodos prolongados levou a uma redução da sensibilidade auditiva. Atualmente, na média, os jovens começam a detectar nos testes sons acima de 10 ou 20 decibéis. Embora 20 decibéis seja um valor aceitável, a fonoaudióloga considera significativa a redução da acuidade auditiva.

Iêda deixa claro que não é contra a utilização desses aparelhos, mas afirma que é preciso ensinar os jovens a tomar cuidado. A fonoaudióloga lembra que a audição não serve só para comunicação: também é importante para apreender o que acontece fora do campo de visão. Ela sugere que adolescentes ouçam música na metade do volume dos aparelhos - de modo que os amigos ao redor não possam escutar o som.


Alexandre Gonçalves
Portal UOL

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