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capital humano

08/08/2008


Só 15% dos paulistas temem colesterol

 
 

Pesquisa mostra que o desconhecimento sobre esse fator de risco para o coração também é alto entre os entrevistados com nível superior

Levantamento da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo será divulgado hoje, Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Apenas 15% dos paulistas consideram as taxas de colesterol como fator de risco para o coração, revela pesquisa da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), feita pelo Instituto Datafolha.

O levantamento será divulgado hoje, Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Foram entrevistadas 2.096 pessoas, entre 14 e 70 anos, em 85 cidades que representam os 645 municípios do Estado de São Paulo. Estima-se que 40 milhões de brasileiros tenham colesterol alto, mas apenas 200 mil estejam em tratamento.

A pesquisa mostrou que o desconhecimento também é alto entre os entrevistados com nível superior. Somente dois em cada dez apontaram o colesterol como um fator de risco cardiovascular, embora 50% façam dosagem periódica das taxas de gordura no sangue.

"Foi uma grande surpresa. Esperávamos que pelo menos na população dita esclarecida o conhecimento [sobre colesterol] fosse maior. Mas não é só desconhecimento. As pessoas realmente subestimam o real impacto do colesterol na saúde cardiovascular", afirma o cardiologista Álvaro Avezum, coordenador da pesquisa.

Para ele, os médicos e as campanhas educativas não estão conseguindo transmitir à população a mensagem de que, reduzindo as taxas de colesterol ruim e aumentando os índices do bom colesterol, conseguirá prevenir eventos cardiovasculares. De acordo com Avezum, "50% dos infartos estão associados ao colesterol alterado". As doenças cardiovasculares matam 300 mil pessoas por ano no Brasil.

Entre os jovens e os entrevistados das classes D e E, somente 8% se lembram do colesterol quando questionados sobre as possíveis causas dos problemas cardiovasculares.

"Isso é grave porque é a parcela da população que se alimenta de maneira pior", avalia o cardiologista e presidente da Socesp, Ari Timerman.

A pesquisa revelou também que 88% dos entrevistados não sabem indicar de forma espontânea o valor do LDL (colesterol ruim) quando está alterado. O nível desejado de colesterol LDL é menor do que 100 mg/dl. Quase o mesmo percentual (89%) dos entrevistados não sabem que existe HDL (colesterol bom).

Para os médicos, o caminho está no aperfeiçoamento das campanhas educativas não só para o público leigo mas também para os especialistas fora da área de cardiologia, como os ginecologistas e clínicos-gerais. "Precisamos fazer com que as informações sobre as diretrizes atuais para o tratamento do colesterol sejam mais bem capilarizadas", avalia Álvaro Avezum.

Timerman defende que a educação deve começar na infância e avalia como bem-vindas iniciativas como a da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que pretende vetar propagandas infantis de produtos perigosos à saúde. "A doença cardiovascular não começa na idade avançada. Pode ser que os depósitos de gordura nas artérias tenham se iniciado na mais tenra idade."

Campanha
Hoje, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) realizará uma campanha em 24 Estados brasileiros com a distribuição de uma cartilha explicando em linguagem bem simples o que é colesterol e quais os riscos do colesterol elevado levar o paciente a desenvolver aterosclerose, causando angina, infarto, insuficiência vascular periférica e derrame cerebral.

Em São Paulo, a campanha terá a participação de nutricionistas, que vão orientar as pessoas sobre como se alimentar de maneira saudável, reduzindo a ingestão de carnes gordurosas e aumentando o consumo de frutas, legumes e verduras, e palestras de cardiologistas na rede pública de ensino.

Cláudia Collucci
Folha de S.Paulo

A cartilha está em
http://prevencao.cardiol.br/campanhas/colesterol/2008/material.asp

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