Marina Rosenfeld
especial para o GD
Pesquisa da Escola de Saúde
Pública de Harvard mostra que o mundo empresarial está
cada vez mais preocupado com o crescente número de
pessoas portadoras do vírus HIV e com aqueles que já
desenvolveram a doença. São raras as políticas
para enfrentar a discriminação de salários,
benefícios ou promoções em decorrência
da doença. Apenas 18% das empresas no mundo possuem
iniciativas nesse sentido.
Em países onde o HIV/AIDS está
presente em mais de 20% da população, a maioria
das empresas (58%) possui políticas formais contra
a doença. Já em nações onde esse
número é inferior, apenas 20% das organizações
empresariais possuem algum tipo de iniciativa, geralmente
informal. Em função desse quadro, o levantamento
mostra que as políticas devem ser fortalecidas para
amenizar o estigma, reduzir a discriminação
no acesso a promoções e criar sistemas de apoio
para ajudar os funcionários a acessarem tratamentos
contra o retrovírus, ao invés de focar os esforços
somente na prevenção.
O descaso com a doença tem
levado as empresas a acreditarem que o HIV/AIDS irá
gerar um impacto significativo nas corporações
nos próximos anos. Quase metade dos líderes
empresariais pesquisados (46%) demonstraram preocupação.
O estudo foi publicado pela
Iniciativa de Saúde Global do World Economic Forum,
pela Fundação para Pesquisas contra AIDS, pela
Escola de Saúde Pública de Harvard e pela UNAIDS.
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