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Mais São Paulo
14/02/2006

Lucro do Carnaval do Rio vai para São Paulo

O Carnaval do Rio movimenta em torno de R$ 1 bilhão por ano e gera 300 mil postos de trabalho, considerando serviços, turismo e desfiles. Boa parte dessa cifra, entretanto, é direcionada para as indústrias paulistas, responsáveis pelo fornecimento de cerca de 80% das matérias-primas que enfeitam foliões e alegorias do carnaval fluminense.

Os dados são a primeira parte de um estudo do Sebrae/RJ, em parceria com a Associação Comercial do Rio de Janeiro. A intenção é mapear a cadeia produtiva do carnaval para identificar oportunidades de atuação dos empresários fluminenses, pouco articulados, segundo o coordenador da pesquisa, Luiz Carlos Prestes Filho.

Desarticulação
"O que mais impede a presença dos produtos industriais do Rio de Janeiro dentro das escolas de samba é a desarticulação que ainda existe no setor industrial. Muitos empresários não têm noção de que o carnaval é uma grande oportunidade para a indústria de plásticos, borracha e tintas e, por isso, não identificam o Carnaval como um grande mercado", afirmou Prestes Filho. Somente em relação aos desfiles das escolas do grupo especial, produto-âncora do carnaval do Rio, são R$ 100 milhões em compras de tecidos, plásticos, tintas, metais, papéis e outras matérias-primas.

Prestes Filho ressalta, entretanto, que além dos desfiles das principais escolas de samba, há outras 50 escolas nos grupos de acesso, bailes, blocos, bandas e demais eventos, que compram insumos e geram empregos para, por exemplo, modeladores, costureiros, bordadeiros e chapeleiros, entre outros. "Isso sem falar nas atividades indiretas do Carnaval, como venda de cervejas", disse.

A previsão é que o estudo fique pronto entre seis e oito meses. Com os resultados, a estimativa é que o valor movimentado pela festa cresça 20%. Segundo Prestes Filho, empresas do pólo petroquímico do Rio poderiam lucrar com o evento, destinando parte da produção de plásticos para o carnaval.

O pesquisador e diretor cultural da Portela, Carlos Monte, afirmou que o estudo visa a melhorar também o modo como os recursos são utilizados.

"Os trabalhos nos barracões começam apenas no segundo semestre, mas poderiam ocorrer desde o início do ano. E não há treinamento para essa mão-de-obra", disse ele.

LUCIANA BRAFMAN
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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