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25/07/2007

Nova secretária quer premiar professores por desempenho

 

Titular da Secretaria de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro assumirá o cargo hoje em São Paulo

Hoje, o governo paga bônus aos docentes, mas considera fatores como assiduidade; ou seja, não leva em conta quanto os alunos aprenderam

 

O professor que melhorar o desempenho dos estudantes e faltar pouco às aulas ganhará mais. Essa é uma das propostas da nova secretária da Educação do governador José Serra (PSDB-SP), Maria Helena Guimarães de Castro.

Socióloga e secretária-executiva do MEC na gestão FHC, Maria Helena, 60, assumirá o cargo hoje, em substituição a Maria Lúcia Vasconcelos, que alegou motivos pessoais para pedir a sua saída do posto. A nova secretária defende que os docentes devem receber um dinheiro extra segundo o desempenho de suas turmas em exames de verificação de aprendizagem dos alunos, como Saeb, Prova Brasil (ambos federais) e Saresp (estadual).

Atualmente, o governo paga bônus para os docentes, mas considera apenas fatores como assiduidade. Ou seja, não influencia o quanto os seus estudantes aprenderam. Leia os principais trechos da entrevista feita ontem, por telefone, com Maria Helena, que deixou neste mês o cargo de secretária de Educação do Distrito Federal -gestão José Roberto Arruda (DEM). Na conversa, ela elogiou o projeto do governo Serra de colocar dois professores em salas de alfabetização.

FOLHA - Qual será sua prioridade?
MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO - Melhorar a qualidade da educação. O Estado tem investido muito, mas é preciso atrelar esse trabalho às avaliações, de tal modo que as escolas comecem a utilizar os resultados. São Paulo tem boas condições de dar um salto de qualidade. Para isso, é preciso olhar para o desempenho dos professores, com incentivo à carreira. O governo já destina um grande montante para salários diferenciados por desempenho. Esse é um tema crucial.

FOLHA - Mas, atualmente, o desempenho é basicamente medido pela freqüência dos professores. A sra. pretende incluir outros fatores?
MARIA HELENA - Isso só não basta, é preciso usar as avaliações. Hoje dispomos de Saeb, Prova Brasil, Saresp, um conjunto de indicadores que permitem construir um critério mais consistente para valorizar o trabalho dos professores.

FOLHA - A sra. quer, então, implantar premiação por desempenho?
MARIA HELENA - Creio que sim. Parece-me até que há um projeto em discussão no governo para criar incentivo de desempenho no funcionalismo em geral e há alguma coisa específica para o setor da educação [a assessoria do governador informou que o tema é analisado pela Secretaria de Gestão Pública, ainda sem conclusão].

FOLHA - Idéias como essa costumam sofrer resistência da categoria?
MARIA HELENA - Não é caso de resistência, mas, sim, de criar um canal de diálogo.

FOLHA - A sra. concorda com a redução da duração dos ciclos de quatro para dois anos?
MARIA HELENA - É uma boa proposta, ajuda o professor a monitorar melhor o aluno.

FOLHA - Não aumentará a reprovação, tida como um dos principais problemas da educação?
MARIA HELENA - Espero que não. Dependerá muito da nossa capacidade de criar condições para que eles aprendam.

FOLHA - O que precisa mudar na política educacional no Estado?
MARIA HELENA - Principalmente o uso dos resultados da avaliações, que é uma coisa que não está sendo muito enfatizada. E também a gestão do sistema e da escola. A secretaria hoje é grande demais, não tenho elementos ainda para saber como está a supervisão do sistema. As diretorias de ensino têm de estar muito alinhadas às políticas do Estado para que possam cobrar os resultados na ponta.


Fábio Takahashi
Folha de S.Paulo.

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